A iniciativa visa reconhecer a importância do produto e alavancar a economia com destinos divididos em cinco regiões paulistas

São Paulo ocupa atualmente o terceiro lugar na produção de café, atrás de Minas Gerais e Espírito Santo. É pela valorização desse produto secular, para reverter esse quadro e fomentar ainda mais a economia paulista, que o governo estadual lançou nesta terça-feira (8), no Palácio dos Bandeirantes, o projeto “Rotas do Café de São Paulo”.

O Sistema Faesp/Senar-SP esteve presente ao evento com seu presidente, Tirso Meirelles, o diretor 1º secretário, Marcio Vassoler e o diretor 1º tesoureiro, Pedro Lucchesi. Além de Ademar Pereira, presidente do sindicato rural de Caconde e vice-presidente da Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Daniella Pelosini, presidente do sindicato rural de Pardinho e da Câmara Setorial do Café de São Paulo, ambos integrantes da Comissão de Cafeicultura da Faesp.

“O lançamento de um projeto dessa importância vem engrandecer o trabalho de milhares de famílias paulistas e de toda cadeia produtiva do café”, afirma Tirso Meirelles. “A Faesp reconhece e louva a iniciativa do governo Tarcísio de Freitas que incrementará não apenas a economia do produto, como o turismo rural, ações que nossa entidade apoia e entende como de extremo potencial aos produtores rurais”.

Henrique Gallucci, produtor de café de Espírito Santo do Pinhal e presidente do Conselho do Café da Região de Pinhal (COCAMPI), também esteve presente ao evento e destacou que a iniciativa do governo estadual vem em bom momento. “O café é um produto secular e familiar no nosso estado. Já era hora de termos um programa desse para fortalecer o turismo regional e os produtores rurais.”

O secretário de Turismo e Viagens de São Paulo, Roberto de Lucena, agradeceu a coordenação do projeto a cargo de Arthur Lima (Casa Civil), junto às secretarias de Economia e Indústria Criativas (Secult), da Agricultura e Abastecimento (SAA) e do Desenvolvimento Econômico (SDE).

“O café é mais do que uma bebida; é um destino. E nós valorizamos e iremos valorizar ainda mais os produtores e produtoras”, disse Lucena.

Antes do término da solenidade e do convite às provas de café de produtores que estavam no Palácio dos Bandeirantes, foi a vez do governador do estado falar às autoridades e convidados presentes.

“O lançamento de hoje tem significado histórico. São Paulo se desenvolveu às margens dos trilhos dos trens, que chegavam ao interior para levar o café até o Porto de Santos. Dali nasceram as ferrovias e as cidades ao redor delas. Celebrar as Rotas do Café é celebrar a história do estado de São Paulo e a aliança entre produtores, indústrias e cooperativas para contar essa história e mostrar que São Paulo tem o melhor café do Brasil”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas.

As rotas do Café

A iniciativa reúne 57 atrativos turísticos ligados ao grão em 25 municípios paulistas, resultando em cinco rotas inéditas, além de destinos cafeeiros independentes. Entre as atrações turísticas estão fazendas de antigos barões do café, museus históricos, cafés premiados internacionalmente e centros de pesquisa abertos à visitação.

As rotas estabelecidas são: Rota Cuesta, Itaqueri e Tietê Paulista (que abrangem municípios como Brotas, Dois Córregos e Dourado); Rota Circuito das Águas Paulista (Serra Negra, Monte Alegre do Sul, Amparo e Campinas); Rota Mantiqueira Vulcânica Paulista (Caconde, Espírito Santo do Pinhal e Águas da Prata); Rota Mogiana Paulista (Franca, Pedregulho, Patrocínio Paulista e Cristais Paulista) e Rota Alta Paulista (Marília e Garça).

Números

O Brasil é um dos maiores produtores de café do mundo. Só no ano passado foi produzido 1,32 bilhão de quilos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). O consumo per capita do brasileiro foi de 6,2 kg.

São Paulo é um dos maiores produtores de café arábica, tanto no Brasil quanto no mundo, com 307,2 mil toneladas produzidas em 2023, de acordo com a Pesquisa Agrícola Mensal do IBGE, gerando R$ 7,2 bilhões para a economia estadual.

Além disso, o Estado é um importante centro de consumo e comercialização de café, com cerca de 300 novas cafeterias abertas desde 2022 e concentrando 40% das indústrias de torrefação do País, fortalecendo sua relevância no mercado interno e externo.

Em termos comerciais, em 2024 o café paulista teve um aumento de 41,4% nas exportações, superando a marca de US$ 1 bilhão em receita. Do total exportado, 71,7% corresponderam ao café verde e 24% ao café solúvel.

Galeria

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