São Paulo confirma 2ª morte por metanol e governo investiga sete óbitos suspeitos no estado

A Secretaria da Saúde confirmou, neste sábado, 4, a segunda morte provocada por intoxicação de metanol na cidade de São Paulo. A vítima é um homem de 46 anos, morador da capital paulista, que estava internado após consumir bebida alcoólica suspeita de adulteração. O  homem apresentou sintomas em 29 de setembro, atendido no Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio, no Tatuapé, bairro da Zona Leste,  e faleceu no dia 02 de outubro.

Com a atualização, o município á registra dois óbitos confirmados pelo consumo da substância tóxica. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), informa que, até o momento, foram notificados 99 casos suspeitos de intoxicação por metanol no município. Desses, 13 casos foram descartados, 75 estão em investigação e 11 foram confirmados, com dois óbitos. A primeira morte reconhecida oficialmente ocorreu em 16 de setembro, quando o empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, também morador da capital, não resistiu após ser internado com sinais de intoxicação. Ele havia passado mal no dia 12 daquele mês, depois de ingerir bebida alcoólica.

O estado tem 162 casos, entre confirmados e investigados, de intoxicação por metanol. O balanço deste sábado indica 14 casos confirmados, com dois óbitos, ambos na capital. Outros 148 casos são investigados, sendo 7 óbitos suspeitos – quatro na cidade de São Paulo, dois em São Bernardo do Campo e um em Cajuru, no interior, segundo informou a  Secretaria de Saúde.

O governo estadual informou que a polícia investiga se as bebidas consumidas pelas vítimas eram falsificadas, adulteradas ou se o metanol foi usado de forma irregular, como na limpeza de garrafas reutilizadas. O produto, altamente tóxico, é empregado de forma legal em processos industriais, mas seu uso em bebidas é proibido.

Mais cedo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), havia informado que o país contabilizava apenas uma morte confirmada por metanol, a do empresário de 54 anos. Durante a coletiva, Padilha anunciou a aquisição emergencial de antídotos para atender pacientes intoxicados. Segundo especialistas, a administração rápida de fomepizol ou etanol intravenoso pode evitar danos graves, como cegueira, insuficiência renal e morte. O Brasil, porém, não dispõe de estoque regular desses medicamentos, que precisam ser importados.

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