Amar o filho é deixar ir

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Para que ele saiba que pode voar, sempre que quiser. E pode voltar, sempre que precisar

Por Marcos Piangers

Amar o filho é deixar ir

Quando ele tropeça e você não corre para aparar.

Quando ele chora e você respira fundo antes de consolá-lo.

Quando ele erra e você permite que sinta o peso da própria escolha.

Quando ele pergunta e você diz: “O que você acha?”

Amar o filho é deixar ir

Quando você guarda as palavras que poderiam resolver tudo por ele, porque é hora de escutar, não de falar.

Quando você segura as mãos que poderiam fazer por ele.

Quando você engole o “eu faço isso pra você” e sussurra “você consegue”.

Amar o filho é deixar ir

Mesmo quando seu coração aperta vendo ele se virar sozinho.

Mesmo quando seus medos gritam para intervir.

Mesmo quando seria mais fácil resolver, mais rápido ajudar.

Mesmo quando ele não entende por que você não faz por ele.

Amar o filho é deixar ir

Quando você percebe que suas asas podem proteger, mas não podem voar sempre junto.

Quando você entende que sua força não pode ser emprestada para sempre.

Quando você aceita que ele precisa de seus próprios tropeços.

Quando você descobre que proteger demais é uma forma de prejudicar.

Amar o filho é deixar ir

Para que ele descubra que é capaz.

Para que ele conheça sua própria força.

Para que ele confie em si mesmo.

Para que ele voe com suas próprias asas.

Porque amor verdadeiro não é segurar pra sempre.

Amor verdadeiro é preparar para a partida.

Amor verdadeiro é deixar ir

Para que ele saiba que pode voar, sempre que quiser.

E pode voltar, sempre que precisar.

A vida é incrível. Desejo a você muito mais do que sorte.

Marcos Piangers

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