Marcos R. Loncorovici Júnior

Quem vive em um ambiente empresarial, seja qual for o ramo e tamanho, sabe que um dos grandes desafios está em manter a sinergia entre todas as áreas da empresa, para que se possa tornar ou manter a organização competitiva e rentável, diante do que podemos chamar de dois cenários, interno e externo, ou sistêmico e não sistêmico, os quais nos submetem diariamente a inúmeras vulnerabilidades, mas também e em contrapartida a inúmeras oportunidades!!  

E aí? Como faço para manter meu negócio ou área da empresa e ainda estar atento a fatores internos e externos podendo enxergar oportunidades ou potencialidades? O fato é: não é tarefa simples, para pequenas, médias e nem mesmo para as grandes empresas.

Para pequenas e médias, o maior desafio pode estar em inserir o processo, requer disciplina, padronização na informação, requer pessoa minimamente capacitada para dominar inicialmente a organização das informações, depois lançamento e análise, e nas grandes empresas, o desafio pode estar em integrar um montante de informações de diferentes áreas, de forma estratégica e dinâmica para que se possam dominar as informações dos cenário interno e externo, sistêmico e não sistêmico e disponibilizar ou utilizar para tomada de decisões importantes.

Se parar para pensar, pode até ficar maluco, afinal, PIB, SELIC, taxa de desemprego, importação, exportação, superavit, déficit, Inflação, IPCA, IGPM, % de lucro líquido, % lucro operacional, faturamento por funcionário, meta de vendas, margem de lucro bruto, EBITDA, despesas operacionais totais, ICMS, PIS, COFINS, IR, contribuição social, enfim, tudo isso e mais um pouco, para apurar, analisar, interpretar e utilizar no dia a dia geralmente muito dinâmico de uma empresa e embora seja até um assunto a parte, é preciso saber o que e como interfere no seu negócio.

Pois bem, atuando no mercado financeiro, e posteriormente como consultor e professor em pós graduação no curso de controladoria e finanças , me deparei e ainda me deparo com o desafio das empresas e dos gestores em ter a empresa na mão, e só assim poder enxergar dentro e fora e pensar em aumentar competitividade, rentabilidade ou até mesmo prever cenários de dificuldade e se preparar para enfrentá-los com o menor impacto possível, haja vista que nem tudo são flores e que claro, existem cenários com previsões e expectativas ruins também, como já se sabe.

Para encontrar o fio da meada, entendo e recomendo sempre que é necessário começar do início, isso na prática para mim, consiste em organizar a empresa para que possa ter os seus números na mão. Seria fácil se fossem poucos, mas sabendo da grandeza do volume de dados e informações, recomendo primeiro organizar o processo de registro de pagamentos, entradas de notas, saída de mercadorias, vendas, baixa ou perdas se for o caso, e só assim poderemos ter o começo, que deve estar embasado por informações confiáveis.

Logo em seguida e ainda em ritmo de prioridade, começamos a transformar dados em informações e alocar em um plano de contas bem feito, customizado (sem perder a essência, mas também sem burocratizar), deve ser na medida da empresa e respeitando as suas particularidades sem perder a formalidade necessária.

Agora a coisa começa a tomar forma e então o DRE começa a “dar as caras na sua empresa” para te ajudar, seja regime de caixa ou competência, (recomendo o uso da duas modalidades), mas o jogo não estará ganho, pois então vem a tarefa de interpretar gerar ações, enxergar prioridades, integrar diferentes áreas da empresa,  tomar decisões,  projetar, engajar e realizar tudo o que for preciso para que “a coisa ande” e pode acreditar, muita coisa poderá ficar visível para você sobre sua empresa ou setor que você cuida, situações que ainda não tinha sido visto podem ser identificadas.

A boa notícia é que é possível fazer!! Não existem desculpas, não tem necessidade de softwares sofisticados, já vi até no papel, mas claro que ferramentas e soluções adequadas vão ajudar a reduzir o tempo e melhorar a visualização e interpretação, mas assim como atividade física, que vai desde uma caminhada até esportes de alto rendimento é também com o DRE da sua empresa, que é sem dúvida uma ferramenta que pode e deve pautar a organização inicial da sua empresa, ou ainda te ajudar a integrar objetivos estratégicos entre diferentes áreas, especialmente ao deixar claro que muitos indicadores dizem respeito e interessam a diferentes setores e áreas em comum, na busca da entrega dos objetivos.

Vale lembrar que isso não é tudo, mas é o básico, é o começo, e depois da lição de casa feita e entendida, temos diversas e necessárias ferramentas de gestão em todas as áreas da empresa, que te vão de ajudar a colocar a lupa e entrar nos detalhes daquilo que “acendeu a luz” ao analisar o DRE! Corrija as rotas, crie diálogo com os números da sua empresa, eles dizem muito a você!

A dica é começar! Cuide do seu negócio, se precisar Peça ajuda, não deixe para depois, aproveite a oportunidade da virada recente no calendário e prepare a sua empresa para o novo ciclo tendo a empresa na mão, organizando e visualizado a informação para te ajudar na tomada de decisão, isso não é diferencial, é essencial, e posso assegurar com base na minha experiencia e trajetória que isso faz a diferença no sucesso e na vida de uma empresa.

*Segue em anexo um arquivo sobre “Como preparar o DRE da sua empresa”

Marcos R. Loncorovici Júnior | Graduado em Administração, pós graduado em gestão de pessoas, finanças, marketing e gestão estratégica de negócios, consultor sócio na empresa Alicerce consultoria, Professor em cursos de Pós graduação de controladoria e finanças e representante do CRA (conselho regional de Administração)

1 Comentário

    Parabéns pelo artigo

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