Apenas 60% das crianças e adolescentes de Marília estão protegidas e 44 mil precisam atualizar a caderneta
A Prefeitura Municipal de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, alerta para a baixa percepção do real risco da não vacinação de crianças e adolescentes e volta a oferecer mais um plantão especial de vacinação em seis unidades de saúde neste sábado, 7 de outubro.
A repetição do Dia D da Multivacinação Nacional em Marília (que aconteceu já no dia 30 de setembro) quer sensibilizar os pais a fortalecer a imunidade de seus filhos e evitar o risco de retorno de doenças graves já erradicadas no Brasil. Apenas 60% das crianças e adolescentes de Marília estão protegidas e 44 mil precisam atualizar a caderneta.
Neste sábado, dia 7, das 8h às 13 horas, as unidades UBS Santa Antonieta, UBS Chico Mendes, UBS Nova Marília, UBS São Judas, UBS Alto Cafezal e USF Jardim Maracá estarão oferecendo todas as vacinas do calendário do Ministério da Saúde, para que essa população possa colocar em dia a situação vacinal. Entretanto, o Município vem registrando pouca procura pela imunização. No sábado passado, dia 30 de setembro, por exemplo, dos 44 mil esperados, apenas 1.854 menores de 15 anos de idade foram levados por seus pais. A vacinação noturna durante a semana, de terça a quinta, até 21h, também não atraiu muitos interessados. No saldo final, de sábado a quinta-feira, de 30 de setembro a 5 de outubro, compareceram um total de 3.703 crianças e adolescentes que tomaram 3220 doses de vacina de rotina para atualizar a cobertura vacinal para sua idade.
Um estudo conduzido pela Unicef apontou uma baixa percepção entre os pais e responsáveis do real risco que essas doenças representam – por nunca terem convivido com a condição, muitos entendem que a vacina já não é mais necessária. Não imunizar pode colocar todos em risco. Em 2016, por exemplo, o Brasil conquistou o certificado de eliminação do vírus do sarampo. Entretanto, em 2018 a doença voltou. Com mais de 10 mil casos confirmados na época, segundo o Ministério da Saúde, o país acabou perdendo a certificação. Poliomielite, rubéola e difteria são algumas das doenças que podem ressurgir devido à baixa cobertura vacinal, de acordo com informações da Agência Brasil. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza 18 vacinas para as crianças e adolescentes. Todas protegem contra doenças que podem causar problemas sérios e até a morte, especialmente entre aqueles com sistema imunológico comprometido ou em desenvolvimento, como os recém-nascidos e os bebês.
Uma dessas doenças é a poliomielite, erradicada do país em 1994. Causada por um vírus do intestino, costuma atingir crianças menores de 4 anos. Quando grave, pode causar sequelas permanentes, como paralisia, insuficiência respiratória e, em determinados casos, óbito.
No caso da Covid-19, há risco de complicações como a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), quando a criança desenvolve inflamação em diferentes órgãos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que leva a desconfortos respiratórios e queda na saturação – esse último, também pode ser consequência da contaminação pelo vírus influenza, causador da gripe. Não à toa, as crianças menores de 5 anos são público-alvo das campanhas de imunização contra a influenza. No início de junho, a vacinação contra a gripe atingiu uma cobertura de apenas 44% considerando todos os grupos prioritários, de acordo com o Ministério da Saúde.
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