A cantora do Pará, Thays Sodré, lança o seu álbum de estreia, “Flor do Destino”, ao lado do produtor Rodrigo Garcia (Cássia Eller, Zélia Duncan, Cátia de França, Chico Chico). Por meio do Selo Porangareté a jovem cantora apresenta ao mundo um disco que é fruto de paisagens paraenses e ritmos nordestinos, transformando em música tudo aquilo que fala ao coração e que brilha ao ser interpretado pela doce e potente voz de Thays. O álbum sucede os singles “Tudo é Bom e Nada Presta” (Cecéu), “Não Vou Sair” (Celso Viáfora), “Carimbó da Pororoca” (Irelson Capim Show) e “Confissão” (Thays Sodré).
Ouça “Flor do Destino”: https://bfan.link/flor-do-destino
“Este é um álbum que representa o meu desabrochar como uma artista que canta as suas raízes paraenses e também as influências que recebeu de outras partes do Brasil que se descortinam na minha caminhada em direção ao sudeste. É uma felicidade cantar a minha terra paraense, tão brasileira quanto qualquer outro canto, e o meu canto que naturalmente se veste de carimbó e brega, também adora o forró, o samba, a canção… e tudo isso me faz feliz, ver o quão diverso e rico é o Brasil que é tantos num só”, declara Thays Sodré, cantora, intérprete e compositora.
O processo do disco “Flor do Destino” começou ainda em 2021, quando Thays Sodré e Rodrigo Garcia, produtor musical, diretor artístico e fundador do selo Porangareté se conheceram na internet, enquanto este procurava cantoras para realizar um álbum de forró pé-de-serra. Na época, Thays morava no Rio de Janeiro e participava do grupo Amargô, mas não demorou muito para que a cantora visitasse o estúdio e assim começasse a abrir as primeiras guias que originaram o disco de 12 faixas.
“No começo eu não tinha muita ideia de qual repertório o álbum teria, foi um caminho de descoberta, de desabrochar, assim como o que hoje o ‘Flor do Destino’ simboliza. Mostrei algumas canções minhas pro Rodrigo e daí entraram para o disco ‘Confissão’ (Thays Sodré) e ‘Encanto’ (Thays Sodré / Rodrigo Garcia). Nesse caminho, voltar o olhar para o Pará foi inevitável, as raízes pulsantes com a MPP – Música Popular Paraense, o carimbó, o brega… A cada momento uma canção fala ao coração e a faixa-título “Flor do Destino” (Nilson Chaves / Vital Lima) ficou na minha cabeça por semanas. Fiquei em dúvida se entraria no repertório ou não, por ser uma música que já era um sucesso no Pará, gravada pelo Nilson e pelo Vital que são grandes referências pra mim, evidenciando as minhas influências e pelo sentido a canção deu ao álbum, decidimos que ela entraria, e desde então ela foi o Norte.”, relembra Thays.
A influência da música paraense transborda na musicalidade de Thays Sodré, que busca trazer mais fãs para a arte produzida em seu estado natal.
“A música paraense, na verdade a música dita regional, é pouco difundida nos grandes centros. A música do Sudeste chega ao Norte, mas a música do Norte por vezes não chega com a mesma força no Centro Sul. Sinto que o Nordeste tem quebrado essa barreira ao longo dos anos, o que não vemos na mesma proporção com a música Nortista. Que as pessoas estejam abertas a conhecer, a se encantar, que se surpreendam e que também possam amar o Norte como eu amo. Porque só amamos o que temos o prazer de conhecer. ‘Modéstia à parte, seu moço, minha terra é uma belezinha’ (Todos Cantam Sua Terra – João do Vale e Julinho do Acordeon)”, elogia Thays.
Antes mesmo de ser lançado, o disco “Flor do Destino” conta com prêmios: a canção “Para nos Molhar”, composta por Gui Fleming, ganhou prêmios no Festival da Canção de Rio Bonito e no Festival da Canção de Bela Vista de Minas. Já Thays, como intérprete, acumula prêmios em sua carreira como “Melhor Intérprete”, no Festival da Canção de Bela Vista de Minas – MG (2023) e no Festival Nacional Forró de Itaúnas – ES (2019).
A paixão de Thays Sodré pela música vem desde sua infância, começou por meio da flauta-doce, ainda quando morava em São Domingos do Capim (PA). Com o passar do tempo, se aperfeiçoou também no violão e clarinete. Suas influências musicais remetem à esta época, com nomes como Waldemar Henrique, Luiz Gonzaga, canções católicas – graças à influência da música e o “Tio Neno”, seu mentor na música – e também ícones da Música Popular Paraense, como Nilson Chaves, Lucinha Bastos, e nomes do cancioneiro popular brasileiro, como Cássia Eller, Kid Abelha, Zé Ramalho, Zeca Baleiro, Adriana Calcanhoto e Caetano.
“Chegando no Rio de Janeiro, em 2012, a diferença de sonoridades me surpreendeu. Me apaixonei por Dominguinhos, Anastácia, Cecéu, Antônio Barros, João Silva, Marinês, Gonzaguinha, Gilberto Gil, Luiz Gonzaga novamente, de maneira mais efetiva. Cátia de França, com suas letras intrigantes, Geraldo Azevedo com seu encanto em compor e cantar canções, Chico César, Belchior…”, conta Thays.
As mulheres da música brasileira conta com uma admiração particular – e muito apaixonada, como define a cantora:
“Como inspiração tenho num lugar especial as intérpretes: Elba Ramalho, Clara Nunes, Gal Costa, Elis Regina; Fafá de Belém, tem um trabalho primoroso, e me identifico muito com o “Tamba-tajá”, seu primeiro disco, gosto da mistura, dos sons da floresta, da voz como ela é, com risos e manhas, de interpretação marcante, uma das rainhas da Amazônia. As performers também me encantam, Ivete Sangalo e Joelma, acredito que um show não é apenas musical, é visual, é o conjunto da obra, acho incrível a habilidade de cantar e dançar combinadas, é desafiador.”
O disco “Flor do Destino” traz em sua ficha técnica nomes como Rodrigo Garcia (direção musical, produção musical e mixagem), Marcelo Bernardes (arranjos de sopros) e Evaldo Luna junto a Rodrigo Garcia (masterização). E ainda, Emerson Ferreira (arte e design da capa), Thiago Araújo (Ângulo Criativo – foto da capa), Edlene Sodré (assistente de fotografia), Andréia Santos (figurino) e Andressa Larama (beleza). A produção executiva é de Raphael Parett e Jhasmyna Thuller.
Alguns dos músicos que participam do disco são Thays Sodré (intérprete, voz, caxixi e triângulo), Alex Merlino (bateria, conga e pratos), Cosme Vieira (sanfona), Daniel Zanotelli (flautas, sax e sopros), Durval Pereira (zabumba e percussão), Évila Moreira (banjo paraense), Jhasmyna Thuller (coro, voz e vocais), Meninão (sanfona), Marcelo Bernardes – (sopro, clarinete, flautim, flautas e arranjo de sopros), Marcos Suzano (pandeiro,bongô e cuíca) e Rodrigo Garcia (arranjo de base, baixo, guitarra, guitarra slide, violão, violão aço, violões, viola caipira, cavaquinho, percussão, coro e arranjo).
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