O volume de exportações em Goiás totalizaram US$13,8 bilhões em 2023, segundo o Boletim do Comércio Exterior de Goiás, realizado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB). Conforme o levantamento, o estado terminou 2023 com um superávit de 19,5% no volume de exportações, quando comparado ao ano de 2022. Já a balança comercial goiana apresentou saldo positivo de US$8,9 bilhões sobre as importações. O montante gerou US$4,8 bilhões em negócios.

A superintendente de estudos sociais e ambientais do IMB, Evelyn Cruvinel, explica que o resultado positivo foi puxado pelo agronegócio goiano. 

“Foi verificado um superávit no volume de exportações, resultado da demanda aquecida do mercado externo, em especial do mercado chinês. Os preços elevados das commodities também tiveram papel significativo nesse cenário. Um superávit principalmente da soja, do milho e, adicionalmente, nós tivemos uma produção interna de grãos recorde. Então o agronegócio, ele mantém seu protagonismo nos números do comércio exterior em Goiás”, explica.

De acordo com o boletim, o agronegócio representa 86,6% do valor das exportações do estado e 96,7% do total exportado. O estado também obteve o quinto melhor saldo da balança comercial do Brasil, (8,96 bilhões US$ FOB). O mercado chinês foi o destino de 57,5% do volume, registrando um aumento de 39,4% entre 2022 e 2023. 

Os municípios de Rio Verde, Jataí e Mozarlândia foram os que mais exportaram. Localizados no sudoeste goiano, Rio Verde e Jataí ficaram em evidência pela exportação de grãos. Já o município de Mozarlândia, situado no noroeste goiano, se destacou na exportação de carnes. No total, as exportações de produtos primários representaram cerca de 66,6% do valor exportado.

Segundo a superintendente do IMB, o resultado reflete positivamente na geração de empregos no estado. “O superávit da balança comercial é importante para a economia goiana porque isso demonstra que nossa economia se mantém aquecida. Demonstra o nosso dinamismo também. Isso reflete de maneira positiva na receita das empresas e na criação de empregos”, ressalta.

Importações Goianas

Em contrapartida, as importações goianas obtiveram um recuo de 10% no volume de importações em relação a 2022 e de 18,4% no valor das transações. A superintendente explica que esse cenário é resultado dos acontecimentos internacionais dos últimos dois anos.

“Nas importações, a gente verificou um recuo em 2023, que foi motivado pela redução no volume importado de fertilizantes. Esse cenário é resultado dos acontecimentos internacionais dos últimos anos, principalmente função do conflito entre a Rússia e a Ucrânia”, diz.

Conforme o boletim, o volume de fertilizantes importados da Rússia apresentou queda de 21,4%. O valor diminuiu 56,2% em relação a 2022. 

Expectativas para 2024

Cruvinel ainda destaca que para 2024, o cenário pode apresentar um recuo tanto nas exportações como nas importações.

“O cenário nacional aponta para uma desaceleração da balança comercial impulsionada pela redução na produção agrícola. A agricultura está sujeita a diversos fatores externos a sua economia local, como por exemplo, a diminuição nos preços das commodities. Contudo, a expectativa é que o estado se sentir, sinta de uma maneira menos intensiva. Sobre as perspectivas em relação à importação não são boas devido o processo que o governo federal tem feito para dificultar a importação. Entre as medidas que o governo federal tem adotado, podemos estar a fim de isenções fiscais e aumento de tributos”, afirma.

FPM: municípios goianos vão receber mais de R$ 190 milhões 

Prazo de semeadura da soja em Goiás é prorrogado até 12 de janeiro

Pixel Brasil 61

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *