Criado em 2006 pelo então secretário-geral Kofi Annan, das Nações Unidas (ONU), a organização internacional Princípios para Investimentos Responsáveis (do inglês Principles for Responsible Investment, mais conhecido como PRI) é uma iniciativa, que incentiva investidores a incluir fatores ambientais, sociais e de governança (ESG), em decisões e práticas. Atualmente, o grupo tem mais de 5 mil signatários, como fundos de pensão, bancos e gestoras de ativos, comprometidos em colaborar com transparência para a construção de um sistema financeiro mais sustentável. A meta é criar negócios que tenham impactos positivos de longo prazo para a sociedade e meio ambiente. O grupo, que tem sede em Londres, mas organiza um de seus maiores encontros este ano, no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo, de 4 a 6 de novembro.
O foco é a 30ª Conferências das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP30), que começa quatro dias depois do encerramento do evento. “Precisamos mobilizar 1,3 trilhões de dólares por ano para financiar as ações globais contra o aquecimento do clima”, diz Marcelo Seraphim, head do PRI no Brasil. O evento terá mais de mil líderes globais de investimentos, corporações e formuladores de políticas para falar sobre a oportunidade negócios sustentáveis, transição justa, mitigação e riscos climáticos.
“Os investidores e querem entender se o ambiente de negócio foi melhorado no Brasil e quais os riscos para as novas ferramentas anunciadas pelo país”, explica Seraphim. Entre elas, está a maior a maior bandeira do governo de Luís Inácio Lula da Silva, que será lançada na COP, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que é um fundo de investimentos autossustentável, com gatilhos sociais, para apoiar que os ecossistemas conservados continuem intactos. As tecnologias e negócios de energia sustentáveis também são produtos que atraem os participantes.
Na programação do evento, destacam-se painéis com os temas “Financiando a descarbonização do mercado global”, “Investimento responsável sob pressão: gerenciamento e progresso” e “Mercado de Carbono 2.0”. Estão previstos eventos paralelos. Mais informações no site da organização.
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