A vice-presidente da diretoria da Associação Comercial e de Inovação de Marília, Valéria Cristina Tamião de Oliveira, disse que recente pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, afirmou que 54% das pessoas pretendem comprar até três diferentes itens para presentear nessa data importante para o varejo nacional. Filhos (35%), as mães (23%) e namorados (21%) são os principais motivos de compra, de acordo com a pesquisa, seguindo padrão tradicional no Brasil.
“Essa informação é interessante, considerando que, em comparação aos últimos dois anos, há uma maior intenção de comprar presentes neste Natal”, disse a dirigente da associação comercial, verificando que sete em cada dez consumidores vão atrás de algo para presentear nos próximos dias.
Segundo Valéria Cristina Tamião de Oliveira outro detalhe importante apresentando na pesquisa desenvolvida, foi quanto as pessoas estão dispostas a investir nos presentes.
Segundo os entrevistados, uma meta de R$ 507,00, em média é o valor, um montante abaixo do comparado com o ano passado, quando o orçamento médio para presentes de Natal foi de R$ 532,00.
“Não deixa de ser um valor considerável”, falou a vice-presidente da diretoria executiva da Associação Comercial e de Inovação de Marília, otimista quanto ao movimento entre as lojas da cidade.
“O mercado de trabalho segue aquecido e, com isso, a renda média do País está em elevação, segundo o Ipea”, afirmou a dirigente ao lembrar do índice de desemprego atingir 5,4% da força de trabalho de acordo com o IBGE.
“Mas os juros altos e as incertezas em relação a 2026 são um desafio ao varejo”, lembrou ao verificar estimativas de que as vendas do 4º trimestre devem crescer apenas 2% em relação ao ano passado, e o setor fechará o ano de 2025 com um avenço de 5%, abaixo do apurado no ano passado que foi de 9,3%.
Um detalhe interessante apresentado pela pesquisa foi quando se perguntou a maneira como as pessoas chegam ao Natal deste ano.
O estudo pediu aos consumidores para comparar a situação financeira de agora com a de dezembro de 2024, e ouviu que 41,2% afirmaram que as condições melhoraram, quanto que 36,6% que ela permanece igual. Somente 21,9% indicam uma situação pior.
“Trata-se de um diálogo inevitável com a conjuntura de emprego e renda que chega a ser um combustível para consumir”, comparou a vice-presidente da associação comercial.
“E olha que o pessoal não pensa em utilizar parte do 13º salário para as compras e sim para pagar dívidas, o que para o varejo não deixa de ser interessante também”, comentou Valéria Cristina Tamião de Oliveira ao verificar que 52,3% dos entrevistados sinalizaram que não utilizarão o dinheiro do benefício para presentes.
“Isso sinaliza prudência no cenário econômico familiar”, elogiou a dirigente mariliense. Valéria Cristina Tamião de Oliveira se surpreendeu com um item da pesquisa. Os dados da pesquisa ainda mostram que, ao contrário do que passou a se dizer em muitos circuitos, as pessoas não costumam antecipar os presentes para o Natal na Black Friday.
Em outras palavras, a imensa maioria dos consumidores prefere esperar ainda as ofertas do varejo para o Natal a aproveitar os descontos da última sexta-feira de novembro. Em 2025, por exemplo, 74,3% dos entrevistados não fizeram compras na Black Friday.
Entre os que compraram, apenas 34,1% aproveitaram a data para antecipar a compra dos presentes de Natal. Outra informação trazida pela sondagem, é se os consumidores pretender aproveitar as liquidações de início de ano e esse dado tem permanecido praticamente estável nos últimos anos marcando 44,5% em 2025.













