Desde outubro do ano passado a unidade hospitalar filantrópica mariliense assumiu o serviço que deixou de ser prestado pelo HC
Representantes da Direção da Santa Casa de Marília estiveram na audiência pública da Comissão de Saúde da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), na manhã deste dia 14 de agosto, no Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e reivindicaram recursos ao governo estadual para o atendimento da especialidade médica de Neurocirurgia.
A presidente da Comissão de Saúde da Alesp, deputada Bruna Furlan (PSDB), comandou os trabalhos e teve ao lado dela a diretora do DRS IX (Departamento Regional de Saúde) Célia Marafiotti e a secretária municipal da Saúde, Paloma Libânio.
A ação da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa é denominada “Visitando DRs. Pé na estrada, a saúde tem pressa”. O objetivo da iniciativa da Casa do Povo Paulista é ouvir as demandas das instituições ligadas às suas respectivas regionais de saúde do Estado de São Paulo para que possa ser concedido o apoio dos parlamentares junto ao Poder Executivo, em busca do atendimento das necessidades existentes, refletindo diretamente na otimização da qualidade do atendimento de saúde à população.
“A Santa Casa de Marília presta serviços para mitigar a dor das pessoas e colaborar com a assistência em saúde pública, com mais de 70% de seus procedimentos via SUS (sistema Único de Saúde) e em 2024, fizemos mais de 3.200 cirurgias pelo referido sistema. Existe a falta de recursos e o nosso hospital tem estrutura para atender as demandas, mas seria uma irresponsabilidade grotesca fazermos isso sem a devida retaguarda financeira. Por esta razão, pedimos a ajuda da Comissão de Saúde da Alesp”, disse o primeiro vice-provedor da Santa Casa de Marília, Luiz Antônio Orlando.

“Desde outubro do ano passado, o Hospital de Clínicas de Marília deixou de prestar o atendimento de Neurocirurgia e com a estruturação promovida sob o comando do nosso superintendente Márcio Mielo implantamos o serviço. Até o último mês de abril, realizamos 293 atendimentos do gênero, englobando procedimentos eletivos – predominantemente oncológicos – e atendimentos de urgência e emergência, como traumas cranianos, hemorragias intracranianas e aneurismas. Isso tem gerado um déficit de R$ 270 mil por mês. Pedimos um aporte para continuar prestando este importante serviço. Também pedimos um equipamento de ressonância magnética R$ 6,5 milhões) e um equipamento de angiografia R$ 3,5 milhões) para pacientes de hemodinâmica”, salientou o diretor-administrativo do hospital, João Luís Castro Vellucci.
É importante ressaltar que uma parcela significativa destes pacientes necessitou de próteses de alto custo, bem como do uso de equipamentos de tecnologia avançada, alugados a valores elevados, como o neuronavegador e o craniótomo, entre outros.
Tal cenário compromete o giro de leitos e tem impactado significativamente a execução de cirurgias eletivas dos programas SUS, tanto estaduais quanto federais, além de refletir negativamente no desempenho financeiro da Santa Casa de Marília.