“Prêmio Não Aceito a Corrupção” é dedicado a institutos de pesquisa, jornalismo e empresas que denunciam ou criam formas de combater a corrupção no Brasil

Por Fala Marília

A quarta edição do “Prêmio Não Aceito a Corrupção”, dedicado a institutos de pesquisa, jornalismo e empresas que denunciam ou criam formas de combater a corrupção no Brasil, anunciou os vencedores nesta segunda-feira (25).

Uma novidade nesta edição foi a definição do melhor trabalho entre os vencedores das seis categorias, o escolhido levou pra casa o “Grande Prêmio Não Aceito Corrupção”, e o escolhido pela banca avaliadora foi Gilberto Araújo Couto.

Os trabalhos vencedores serão publicados em um livro eletrônico e poderão ser replicados por empresas e entidades públicas e privadas de todo país.

Prêmio Professor Inspirador

Este ano o prêmio Professor Inspirador foi entregue ao reitor do Univem, Dr. Luiz Carlos de Macedo Soares pelas mãos do presidente e idealizador INAC, o Promotor de Justiça, Roberto Livianu.
Segundo Livianu, a parceria INAC e Univem começou quando ele este em Marília para dar uma palestra. Foi quando surgiu o convite.

“O professor Luizinho disse, conte conosco, mas não houve uma grande adesão dos alunos.Eu o procurei e disse: o senhor prometeu que haveria uma adesão maciça dos alunos? Por conta dele, ele organizou um concurso interno dentro da universidade e financiou pessoalmente o prêmio e, a partir da atitude dele, para honrar o que ele tinha combinado, houve dezenas de inscrições. Inclusive, um dos premiados hoje vem da UnivemIsso é integridade, isso é honradez, isso é lealdade, isso se chama inspiração, isso se chama cumprir o que se combina”, afirmou Livianu.

Macedo lembrou que, há quase 20 anos deixou o Ministério Público para cuidar da instituição.

“Estou há 30 anos, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, com função espírita. Também sou filho daquela casa há mais de 45, 46 anos. Por quê? Eu sempre digo, e vou por outro lado afirmando, se nós educarmos, se nós não evangelizarmos uma criança, nós castigaremos os homens, só assim evitaremos a corrupção”, discursou o reitor do Univem.

Objetivo do prêmio

Uma das iniciativas do INAC é o Prêmio Não Aceito a Corrupção, que busca estimular a pesquisa acadêmica, o jornalismo e a ação de empresas conectando, ideias e ações relacionados às práticas de corrupção e seu combate no Brasil.

O INAC já realizou três edições do Prêmio, que reconheceram o esforço de estudantes de graduação e pós-graduação, jornalistas e gestores de empresas na produção de projetos acadêmicos, aplicativos, reportagens investigativas e estudos de caso empresariais.

O Prêmio dedica-se a sensibilizar, mobilizar e divulgar conceitos e soluções práticas para enfrentar desafios que prejudicam profundamente o Brasil, minam a democracia e afetam a economia.

Confira os ganhadores por categoria:

Acadêmica
Autor: Vitor dos Santos
Equipe: Paulo Rogerio Scarano
Artigo com objetivo analisar e mensurar os fatores políticos e econômicos, relacionados às características institucionais dos países, que interferem na percepção de corrupção que se tem em relação a cada uma das nações.

Tecnologia e Inovação
Autor: Altieres de Oliveira Silva
Equipe: Sergio Moro, Viviane Coelho de Sellos-Knoerr, Flavia Jeane Ferrari, Adriane Garcel e Diego dos Santos Janes
O projeto objetivou a criação e o desenvolvimento da “Revista de Direito e Análise da Corrupção” como um veículo acadêmico-digital especializado, visando analisar a corrupção em países emergentes e as deficiências nos sistemas de governança corporativa, propiciando um acesso mais democrático e sem custos à informação de qualidade.

Governança Corporativa
Autor: Fabiano Ricardo Boro Alves
Equipe: Bruno Barbosa de Souza Santos e Paulo José da Silva
O trabalho apresentado descreve a experiência que a Câmara Municipal de Campinas, representada pelos servidores da Controladoria Geral tiveram ao participar do Programa Nacional de Transparência Pública 2023, promovido pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas (Atricon). O trabalho foi desenvolvido com o apoio de uma cartilha produzida pela Atricon, contendo as informações técnicas, exigências e orientações gerais sobre como deveriam estar disponibilizadas as informações nos portais de transparência dos órgãos públicos participantes.

Jornalismo Investigativo
Autor: Breno Pires
No Maranhão, um dos estados mais pobres do Brasil, a investigação jornalística para a Piauí desvendou uma usina de fraudes no Sistema Único de Saúde (SUS) envolvendo recursos federais originados no esquema do orçamento secreto.

Comunicação Local
Autor: Frederico Celso Santana Bastos
Equipe: Fábio Bispo
O Vocativo e a InfoAmazonia identificaram o comércio ilegal de Artesunato+Mefloquina e Cloroquina, produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) e pelo Ministério da Saúde, e que deveriam ser distribuídos gratuitamente para o tratamento da malária entre os indígenas Yanomami. Com base na reportagem, a FioCruz orientou a Polícia Federal nas investigações que desarticularam a quadrilha.

Experiência Profissional
Autor: Gilberto Araujo Couto
O projeto tem como objetivo contribuir para a melhor utilização das ciências comportamentais em Programas de Integridade em empresas privadas que por vezes acabam sendo construídos unicamente para atender a requisitos exigidos por leis e autoridades, mas que não são capazes de sensibilizar e influenciar as decisões humanas em momentos de pressão.

O Instituto

O Instituto Não Aceito Corrupção (INAC) é uma associação civil, nacional e apartidária, sem fins econômicos, fundada em 2015. A entidade foi idealizada pelo então Promotor de Justiça Roberto Livianu, que capitaneou a articulação de um grupo de trinta e dois cidadãos, visando concentrar esforços estruturados e focalizados no combate inteligente e estratégico da corrupção.

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Disseminamos conhecimento sobre compliance empresarial e estatal, instrumentos de fiscalização do Poder Público, transparência e acesso à informação, entre outros, com o objetivo de reverter a cultura de corrupção que há tanto tempo vigora no Brasil.

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