O aroma do café se mistura à pressa matinal. O ciclo incessante das tarefas profissionais engole horas preciosas de nossas vidas — horas que jamais retornam. Em meio à cultura da produtividade a qualquer custo, emerge uma questão essencial que tem ecoado tanto nos consultórios de teopsicoterapia quanto nas pesquisas acadêmicas contemporâneas: a urgente necessidade de repensarmos a extensão das jornadas de trabalho, em nome da saúde mental, do fortalecimento dos laços familiares e da preservação da alma.
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No dia do Trabalho em Marília — assim como tantas cidades do Brasil e do mundo — celebra as conquistas históricas dos trabalhadores. Mas o momento também nos convida a uma reflexão profunda: até que ponto o próprio trabalho, quando exacerbado, tem se tornado um obstáculo ao bem-estar integral e à harmonia das famílias?
O cansaço que ultrapassa o corpo
A exaustão crônica, cada vez mais comum em trabalhadores de diferentes setores, não se resume a um simples esgotamento físico. Segundo Carl Jung, “aquilo que não é trazido à consciência, retorna como destino”. Em outras palavras, quando negligenciamos as necessidades da psique e da alma, o corpo e as relações inevitavelmente pagam o preço. A teopsicoterapia, que une os fundamentos da psicanálise à espiritualidade cristã, revela que por trás de muitos quadros de ansiedade, depressão e burnout, existe uma alma sobrecarregada, desconectada de suas fontes de equilíbrio emocional e espiritual.
Sob a pressão constante por desempenho, metas e respostas imediatas, o organismo entra em estado de alerta permanente. O excesso de cortisol, o “hormônio do estresse”, passa a dominar o funcionamento do corpo, interferindo no sono, na memória, na imunidade e nas emoções. A Teoterapia, por sua vez, compreende esses sintomas como manifestações do espírito humano em desequilíbrio — um alerta de que é hora de restaurar o vínculo com o sagrado e reencontrar o eixo interior.
O impacto sobre os lares e os vínculos afetivos
Estudos recentes corroboram essa visão. Uma pesquisa publicada no Journal of Occupational Health Psychology apontou uma forte correlação entre jornadas extensas e o aumento de sintomas depressivos e ansiosos. O problema se estende além do indivíduo: afeta o núcleo familiar. Pais que chegam exaustos em casa, cônjuges que não têm tempo de conversar, filhos que crescem sem a presença afetiva — tudo isso fragiliza os laços familiares e corrói a base relacional que sustenta a saúde emocional.
A teopsicoterapia familiar, nesse contexto, tem se mostrado uma ferramenta essencial para restaurar conexões afetivas deterioradas pelo excesso de trabalho e pela ausência emocional. O resgate de vínculos, alimentado por escuta, empatia e espiritualidade, fortalece os sentimentos de pertencimento e segurança emocional.
A teoria do apego, formulada por Bowlby e Ainsworth, reforça esse argumento: relacionamentos seguros e responsivos são fundamentais para o desenvolvimento emocional e a resiliência psíquica. No entanto, jornadas longas e ritmos frenéticos privam os indivíduos dessas trocas fundamentais. É nesse ponto que a Teoterapia oferece luz, reorientando o paciente para uma vida onde os vínculos não sejam acessórios, mas prioridades.
Reduzir a jornada é resgatar o sentido
Viktor Frankl, psiquiatra e sobrevivente do Holocausto, ensinava que o ser humano pode suportar quase tudo — exceto a ausência de sentido. Quando o trabalho se torna a única fonte de identidade e propósito, a vida se estreita e o vazio se instala. Reduzir a jornada laboral não é preguiça, é abrir espaço para redescobrir outros significados: a arte, os relacionamentos, a fé, o serviço voluntário, os momentos simples e ricos de presença e silêncio.
A Teoterapia, fundamentada na espiritualidade cristã, lembra que o tempo é um dom sagrado. O descanso sabático, por exemplo, é um princípio bíblico que protege não apenas o corpo do esgotamento, mas a alma da alienação. A pausa não é fuga da responsabilidade, mas retorno à essência.
O cérebro precisa parar para funcionar melhor
Do ponto de vista da neurociência, momentos de repouso são fundamentais para o cérebro consolidar memórias, processar emoções, criar soluções e restaurar o equilíbrio dos neurotransmissores. A privação crônica desses períodos de “desconexão” pode levar à diminuição da atenção, comprometimento da memória e perda da capacidade criativa. Em outras palavras, quanto mais negligenciamos o descanso, menos conseguimos produzir com qualidade.
A teopsicoterapia clínica, neste ponto, emprega técnicas de relaxamento autógeno, respiração consciente, oração guiada e práticas de contemplação espiritual para reeducar o corpo e a mente ao ritmo da calma. Essa desaceleração é terapêutica, restauradora e profundamente espiritual.
Empresas que cuidam de gente prosperam
A ideia de jornadas mais curtas ainda encontra resistência em alguns setores, mas os dados falam por si: empresas que adotam políticas de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho tendem a ter colaboradores mais engajados, criativos e saudáveis. Um funcionário descansado, realizado e emocionalmente equilibrado produz mais, adoece menos e permanece por mais tempo em seu posto.
Não se trata, portanto, de um ideal utópico, mas de uma estratégia realista para a promoção da saúde mental, do fortalecimento das famílias e da construção de uma sociedade mais humana.
Um novo pacto com o tempo
Neste Dia do Trabalho de 2025, somos chamados a um novo pacto com o tempo. Que possamos compreender que o tempo não é apenas um recurso para produzir, mas um espaço sagrado onde a vida acontece. Um tempo de estar com os filhos, com o cônjuge, com os amigos, com Deus — e consigo mesmo.
A Teopsicoterapia nos lembra que saúde mental, fé e vínculos fortes não são opcionais — são fundações da vida plena. Reduzir a jornada laboral não é um luxo: é uma necessidade para proteger o que temos de mais precioso.
Que este Dia do Trabalho inspire governos, empresas, famílias e indivíduos a olhar para o tempo com reverência, e a fazer dele um oásis — não um deserto. Afinal, produzimos melhor quando vivemos com sentido, descansamos com dignidade e amamos com presença.
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Nascido em Assis, São Paulo, e atualmente residente em Marília há doze anos, brasileiro. Ele tem sido presidente da ABRATHEO desde 2023 até o presente. Possui graduação em Fisioterapia e é pós-graduado em Acupuntura pela CEATA. Também possui pós-graduação em Terapia Familiar Sistêmica pela Faculdade Iguaçu-PR, Cognitive Behavioral Therapy pelo CBI/Miami-US e Terapia Cognitivo Comportamental pelo Centro Universitário Celso Lisboa/RJ. Além disso, possui um MBA em Teoterapia e Competência Emocional pela Adverbum/PR. Atualmente, atua como Teospicoterapeuta, trabalhando com casais e famílias que enfrentam problemas temporários e precisam de orientação. Ele ministra palestras em todo o Brasil, abordando temas como Educação de Filhos, Internet: um território a ser descoberto pelos pais, Vida Conjugal e A ciência do bem-estar – Evitando a Ansiedade. Anteriormente, ele ocupou o cargo de Superintendente na instituição filantrópica I.E.A.R.C. por 17 anos, onde implantou e gerenciou filiais da instituição em várias regiões do Brasil. Possui experiência na gestão de treinamento de liderança, formação de equipes e palestras motivacionais em quatro estados brasileiros e mais de 30 cidades. Ele também participou e apresentou vários programas de rádio e TV em São Paulo e Salvador. Em Assis, ele implantou uma rádio comunitária e também produziu e gerenciou eventos de grande porte, com mais de 800.000 pessoas, cuidando da divulgação e contratação de prestadores de serviços para esses eventos.