Série “Um Chamado à Redescoberta” – Artigo 5
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.”
— Salmos 127:1
“O casamento é a arte de reconstruir o altar todos os dias.”
— Valcelí Leite, Teopsicoterapia para Casais
Todo casamento passa por estações. Há fases de primavera, em que tudo floresce; fases de verão, de intensidade; outonos, onde algumas coisas morrem; e invernos, em que parece que tudo está congelado.
Este quinto artigo encerra a primeira parte da nossa série “Um Chamado à Redescoberta” com um convite: não importa em que estação seu casamento esteja, a reconstrução é possível — quando há propósito, fé e ação.
Neste texto, vamos falar sobre:
- Como iniciar uma reconexão espiritual, emocional e prática no relacionamento.
- O papel da escolha diária de amar.
- O símbolo do “altar conjugal” e como reconstruí-lo.
- Um desafio prático de 7 dias para casais que desejam viver um amor inteiro.
1. Amar é Escolher Reconstruir
Ao contrário do que o romantismo moderno prega, o amor verdadeiro é uma decisão diária.
Sim, há sentimentos, atrações e afetos. Mas eles vêm e vão com a rotina, o estresse e o tempo. O que sustenta o amor é a decisão constante de permanecer, perdoar, recomeçar e caminhar junto.
“Amar é continuar escolhendo a mesma pessoa todos os dias, mesmo quando ela não é fácil de amar.”
— Augusto Cury
Reconstruir um casamento é reconhecer que:
- Já houve dor, falhas, ausências, mágoas.
- Mas também há uma vontade sincera de recomeçar.
- O passado não pode ser apagado, mas pode ser ressignificado.
2. O Altar Conjugal: Um Símbolo para Recomeçar
Na Teopsicoterapia, usamos o termo “altar conjugal” para descrever o lugar simbólico onde o casal se encontra com Deus. Não é um altar físico, mas espiritual — o lugar onde:
- Oram juntos.
- Pedem perdão.
- Tomam decisões.
- Consagram os planos.
- Relembram o motivo pelo qual se escolheram.
Muitos casais “vivem pela metade” porque perderam o altar.
Passaram a viver apenas na função — cuidar dos filhos, pagar contas, sobreviver — e deixaram de ser parceiros espirituais e emocionais.
Reconstruir o altar conjugal significa:
- Reconectar-se com Deus como casal.
- Reencontrar o propósito do casamento.
- Tornar o vínculo espiritual um eixo de sustentação amorosa.
“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estarei no meio deles.”
— Mateus 18:20
3. Três Fundamentos para a Reconstrução
1. Oração a Dois. Casais que oram juntos criam um solo fértil para o amor crescer. Não precisa ser um momento longo ou formal. Pode começar com 5 minutos por dia, uma oração simples, mãos dadas, olhos fechados e coração sincero.
Essa prática diminui o orgulho, aumenta a empatia e traz a presença de Deus para dentro do casamento.
2. Perdão como prática constante. Não se reconstrói o amor sem lidar com as mágoas acumuladas. Perdão não é esquecer. É escolher não deixar a ferida guiar o relacionamento.
“Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou.”
— Colossenses 3:13
Perdoar é libertar o outro, e principalmente a si mesmo, da prisão da cobrança.
3. Ações Restaurativas. Pequenas atitudes curam mais que grandes promessas:
- Um elogio inesperado.
- Um café na cama.
- Um abraço demorado.
- Um tempo reservado só para conversar, sem celular.
“O amor se expressa em gestos concretos. O silêncio da ação mata mais que palavras duras.”
— Marcos Piangers
4. Desafio Teopsicoterapêutico: 7 Dias de Reconexão. A seguir, uma proposta prática para os próximos 7 dias. Simples, simbólica e poderosa:
Dia 1 – Silêncio com Presença; Separem 10 minutos para sentar juntos em silêncio. Nada de celular. Só presença. Respirar juntos. Sentir a existência um do outro.
Dia 2 – Recordar o Início; Cada um compartilha uma lembrança boa do início do relacionamento. Como se conheceram, o que admiravam, por que se escolheram.
Dia 3 – Oração a Dois; Façam uma oração juntos antes de dormir. Apenas agradeçam. Nada de pedidos hoje. Apenas gratidão.
Dia 4 – Escrevendo Amor; Escrevam um bilhete ou mensagem com três coisas que ainda amam um no outro. Coloquem onde o cônjuge verá.
Dia 5 – Perdão em Voz Alta; Um exercício delicado: peçam perdão por algo que sabem que feriu o outro. Sem justificativas. Apenas reconhecimento e verdade.
Dia 6 – Encontro Espiritual; Leiam um trecho da Bíblia juntos (sugestão: 1 Coríntios 13 ou Efésios 5). Conversem brevemente sobre o que tocou cada um.
Dia 7 – O Altar Conjugal; Escolham um símbolo (uma vela, uma flor, uma cruz) e criem um “altar conjugal” simbólico. Sentem-se diante dele, orem, entreguem os planos e o amor novamente a Deus.
5. O Amor com Propósito
Casamentos inteiros são construídos sobre algo maior que afinidades. São guiados por um propósito em comum.
O verdadeiro propósito do casamento cristão é glorificar a Deus por meio do amor, do serviço mútuo, da superação e da missão conjunta.
“Não há nada mais bonito do que um casal que, mesmo com todas as diferenças, escolhe caminhar junto rumo a algo maior.”
— Autor Desconhecido
Reconstruir É um Ato de Fé e Escolha
Reconstruir o casamento não é negar o que aconteceu, mas escolher o que fazer a partir daqui.
É entender que amor sem propósito adoece.
É levantar o altar todos os dias.
É permitir que Deus entre, limpe, cure e sustente.
Se vocês chegaram até aqui nessa série, é porque ainda existe uma chama — por menor que esteja — querendo reacender.
Dê um passo de fé. Comece o desafio. Reconstrua o altar.
E redescubram juntos o poder de um amor que não vive pela metade.
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Nascido em Assis, São Paulo, e atualmente residente em Marília há doze anos, brasileiro. Ele tem sido presidente da ABRATHEO desde 2023 até o presente. Possui graduação em Fisioterapia e é pós-graduado em Acupuntura pela CEATA. Também possui pós-graduação em Terapia Familiar Sistêmica pela Faculdade Iguaçu-PR, Cognitive Behavioral Therapy pelo CBI/Miami-US e Terapia Cognitivo Comportamental pelo Centro Universitário Celso Lisboa/RJ. Além disso, possui um MBA em Teoterapia e Competência Emocional pela Adverbum/PR. Atualmente, atua como Teospicoterapeuta, trabalhando com casais e famílias que enfrentam problemas temporários e precisam de orientação. Ele ministra palestras em todo o Brasil, abordando temas como Educação de Filhos, Internet: um território a ser descoberto pelos pais, Vida Conjugal e A ciência do bem-estar – Evitando a Ansiedade. Anteriormente, ele ocupou o cargo de Superintendente na instituição filantrópica I.E.A.R.C. por 17 anos, onde implantou e gerenciou filiais da instituição em várias regiões do Brasil. Possui experiência na gestão de treinamento de liderança, formação de equipes e palestras motivacionais em quatro estados brasileiros e mais de 30 cidades. Ele também participou e apresentou vários programas de rádio e TV em São Paulo e Salvador. Em Assis, ele implantou uma rádio comunitária e também produziu e gerenciou eventos de grande porte, com mais de 800.000 pessoas, cuidando da divulgação e contratação de prestadores de serviços para esses eventos.
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