Jesus conta uma parábola em Lucas 16:1-8 sobre um administrador desonesto que foi demitido pelo seu patrão por má gestão junto aos devedores. Antes de deixar o emprego, ele age de maneira astuta e manipuladora para garantir seu futuro financeiro fora daquele ambiente de trabalho. Embora a história possa parecer estranha à primeira vista, ela contém ensinamentos importantes sobre a interconexão entre dinheiro e relacionamentos interpessoais.
 
Na visão sistêmica com a qual trabalho, a família é vista como um sistema interconectado em que cada membro afeta e é afetado pelos outros. Da mesma forma, o dinheiro e as finanças são considerados parte do sistema familiar e têm um impacto significativo nas dinâmicas familiares. Percebemos isso quando o poder de decisão é baseado em quem tem mais dinheiro em casa, o que é um erro.
 
Essa parábola pode ser usada para ilustrar a interconexão entre dinheiro e relacionamentos na família, enfatizando a importância de valorizar as pessoas acima do dinheiro.
 
Na parábola, o administrador desonesto age de maneira egoísta e manipuladora e é confrontado com a perspectiva de perder seu emprego. Ele decide agir rapidamente para garantir seu futuro financeiro e usa sua influência e conexões para obter favores dos devedores de seu patrão, diminuindo as dívidas deles para que possam ser seus amigos no futuro. Enquanto isso, ele está prejudicando o patrão, que é o líder do sistema em que ele opera.
 
Da mesma forma, em uma família, o comportamento egoísta ou manipulador de um dos membros pode ter consequências negativas para todo o sistema familiar. Se um membro da família está gastando dinheiro de forma irresponsável, isso pode afetar a estabilidade financeira de toda a família. Se um membro está escondendo dinheiro ou mentindo sobre suas finanças, isso pode minar a confiança e a honestidade que são fundamentais para o funcionamento saudável da família.
 
Na parábola do mordomo, ele usa sua inteligência e habilidade para garantir um lugar na casa de seus credores, abatendo as dívidas dos devedores de seu senhor, e assim ganhando sua boa vontade. Embora o comportamento do mordomo não seja moralmente correto, a parábola destaca sua astúcia e habilidade financeira. No entanto, a lição principal que podemos tirar dessa parábola é que as relações pessoais são mais importantes do que o dinheiro.
 
O mordomo foi elogiado pelo seu senhor por sua astúcia, mas Jesus enfatizou que a verdadeira riqueza está nas relações que construímos com as pessoas. Jesus disse: “E eu vos digo: granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos” (Lucas 16:9).
 
Essa parábola pode ser usada para ilustrar a importância de valorizar as pessoas acima do dinheiro, lembrando-nos de que o verdadeiro valor da vida está nas relações que construímos com as pessoas ao nosso redor. Além disso, ela destaca a importância de estar preparado para o futuro e ser responsável com os recursos que temos. Enquanto o administrador desonesto age de maneira egoísta e manipuladora, ele também está tomando medidas para garantir seu próprio futuro financeiro.
 
Assim como na parábola, na família é importante ter um planejamento financeiro adequado e ser responsável com o dinheiro para garantir a segurança e o bem-estar de todos os membros. Usando essa parábola para ilustrar a interconexão entre dinheiro e relacionamentos na família, podemos destacar a importância de agir com responsabilidade e integridade em relação ao dinheiro, como o comportamento de um membro pode afetar todo o sistema familiar. Ao considerar esses ensinamentos, podemos trabalhar para construir relações mais saudáveis e financeiramente estáveis em nossas famílias.
 
A parábola também nos lembra que a confiança é uma parte importante das relações pessoais, e que ela pode ser facilmente quebrada quando alguém age de maneira desonesta. Isso é verdade tanto para o relacionamento entre o administrador e seu senhor, quanto para as relações dentro da família.
 
A história também mostra que é possível usar a inteligência e a criatividade para resolver problemas financeiros, sem precisar recorrer a comportamentos antiéticos. Assim, podemos aprender com o exemplo do administrador desonesto e buscar soluções inteligentes e honestas para os desafios que enfrentamos em nossas vidas.
 
Por fim, a parábola nos faz refletir sobre o significado de “sucesso” e “prosperidade”. Muitas vezes, esses conceitos são associados apenas ao dinheiro e ao poder. Mas a história nos mostra que a verdadeira prosperidade vem das nossas relações pessoais e da nossa capacidade de sermos bons amigos e membros da comunidade. Ao colocar as pessoas em primeiro lugar, podemos alcançar uma vida mais plena e satisfatória.
 
Desejo a todos uma ótima semana na Graça.
 
Valcelí Leite
Teoterapeuta – Terapeuta Familiar Sistêmico – Pastor
Atendimento a casais e famílias que passam por problemas e dificuldades momentâneas e situações fora de seu controle.

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