Antes de tornar público o seu diagnóstico de câncer de mama, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) optou manter a doença sob total sigilo. Apenas alguns políticos de sua mais estreita confiança e assessores de gabinete foram avisados da situação.
Damares passou por uma cirurgia nas mamas no dia 31 de julho. Na segunda-feira seguinte, dia 4, ela já estava presidindo uma audiência da Comissão de Direitos Humanos. Nesta mesma semana, ela chegou a se acorrentar em plenário num ato de reivindicação pela anistia aos condenados pelo 8 de janeiro.
Em conversas particulares dias após a operação, a senadora relatou sentir algumas dores e enjoos em decorrência dos medicamentos, mas disse que estava evitando dar abraços e tentava manter-se sentada e em repouso o máximo de tempo possível.
Na ocasião, ao ser questionada sobre o motivo de não revelar a doença, inclusive para que as outras pessoas fossem mais cuidadosas, Damares justificou ter “muitos inimigos”. Ela não detalhou qual era o seu temor, mas ressaltou que estava esperando um momento de maior estabilidade para trazer o caso à tona.
Nesta quarta-feira, 27, a senadora revelou a doença durante uma comissão que visa debater o tratamento do câncer. Ela contou que começa a radioterapia na próxima segunda-feira, 1º, e disse que estava “declarando vitória” e que já está curada. Momentos depois, numa outra comissão, Damares relatou que não estava se sentindo muito bem e encerrou os trabalhos dizendo que já estava em seu “limite físico”.