Com apoio da Fatec Pompeia e do Colégio Shunji Nishimura, a iniciativa da prefeitura da cidade leva oficinas e torneios de robótica a alunos do 5º ano da rede municipal
O que começou com batalhas divertidas entre pequenos robôs já revela um propósito maior: transformar a sala de aula em um espaço de experimentação, criatividade e construção do conhecimento. Em Pompeia, no interior de São Paulo, os alunos cursando o 5º ano das escolas municipais participaram recentemente de uma animada apresentação de robótica, marcando o início oficial do Robotics Tournament 2025, iniciativa que é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, a Fatec Pompeia e o Colégio Shunji Nishimura.
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Muito além do caráter competitivo, o torneio foi estruturado para estimular competências essenciais nas crianças, conforme destaca o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pompeia, Tiago Goulart.
“Com esse projeto de robótica educacional, as crianças têm a oportunidade de desenvolver aptidão para colocar em prática trabalho em equipe, criatividade e inovação”, afirma.

A metodologia adotada pelo Robotics Tournament se apoia nos princípios da aprendizagem profunda, modelo implementado nas unidades educacionais que compõem a Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, ecossistema referência em educação e inovação integrado pela Fatec Pompeia, Colégio Shunji Nishimura e pelo Senai Pompeia. A competição será dividida em etapas pedagógicas ao longo dos próximos meses, com oficinas semanais no contraturno escolar. Nelas, os alunos aprenderão fundamentos de robótica, eletrônica, mecânica e programação de forma prática, sempre orientados à resolução de problemas reais.
Cada equipe terá como desafio projetar, construir e programar seu próprio robô, seguindo os critérios técnicos estabelecidos pelo regulamento do torneio. Alunos dos cursos de Tecnologia em Sistemas Inteligentes e Big Data no Agronegócio, da Fatec Pompeia, atuarão como mentores, prestando suporte técnico e pedagógico, mas sem interferir diretamente nas decisões criativas dos participantes, estimulando assim a autonomia e o protagonismo dos pequenos engenheiros.

A culminância do projeto acontecerá durante o torneio oficial, quando os robôs serão colocados à prova em batalhas e desafios. Os critérios de avaliação, no entanto, vão além do desempenho técnico, já que serão considerados também: o processo de desenvolvimento do projeto; a documentação das etapas; a criatividade na solução; a colaboração entre os colegas de equipe e a capacidade de apresentar ideias de forma clara.
Para o professor Breno Lima, docente de robótica e tecnologia do Colégio Shunji Nishimura, iniciativas como essa têm um impacto profundo especialmente na rede pública. “Projetos como o Robotics Tournament são especialmente significativos para alunos da escola pública, pois oferecem oportunidades que muitas vezes não estão presentes em seu cotidiano. Ao trabalhar com robótica desde cedo, esses estudantes têm acesso a conhecimentos e experiências que ampliam seus horizontes, despertam vocações e mostram que são plenamente capazes de atuar com tecnologia de ponta. Além do aspecto técnico, o torneio promove valores como cooperação, respeito, protagonismo e superação de desafios. É uma oportunidade de mostrar que educação básica pública pode e deve ser inovadora, inclusiva e transformadora”, destaca.
Com ações como essa, Pompeia reforça seu compromisso com uma educação pública moderna e conectada às demandas do futuro, onde brincar, aprender e inovar caminham juntos, desde os primeiros anos escolares.