Levantamento realizado em Barretos aponta queda na produtividade influenciando diretamente na rentabilidade da atividade na safra 2025/26
Na semana passada teve início o Projeto Campo Futuro 2025 em São Paulo com o primeiro painel da safra 2025/26 de cana-de-açúcar realizado no município de Barretos. A reunião virtual foi conduzida pela CNA e o Pecege, em parceria com Faesp e o Sindicato Rural de Vale do Rio Grande (Barretos).
De acordo com os produtores participantes, a propriedade modal da região de Barretos foi definida em 100 hectares e com uma produtividade média esperada de 70 toneladas por hectares. O plantio manual predomina em toda a área produtiva e os produtores têm o preço do Açúcar Total Recuperável (atr), um indicador do setor sucroenergético que mede a quantidade de açúcar extraída da cana-de-açúcar, indicado pelo sistema de remuneração do Consecana-SP.
Os resultados preliminares do levantamento apontam para uma diminuição da produtividade e de antecipação das reformas de áreas, em relação aos números da safra passada, em razão da seca e dos incêndios que atingiram os canaviais da região em 2024, pressionando diretamente os custos da atividade. Com isso, para a safra 2025/26 é esperado um retorno positivo para a atividade no curto prazo, entretanto, quando calculados também os custos de capital e de terra, o balanço é negativo, indicando prejuízo ao produtor.
Além dos produtores, participaram da reunião o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e também produtor de cana, Cyro Penna, e o diretor do Sindicato Rural do Vale do Rio Grande (Barretos), Antonio Filisbino.
“A cultura da cana-de-açúcar é predominante no estado de São Paulo, com grande importância para o país e para a sociedade, sobretudo pela sustentabilidade ambiental. A sustentabilidade engloba também o pilar econômico da produção e o fornecedor de cana, além de apresentar produtividade, deve ter conhecimento e gestão dos seus custos para tomar decisões corretas. É aqui que entra o painel de cana-de-açúcar do Sistema CNA/Faesp/Senar/Sindicatos Rurais, como uma excelente ferramenta de apoio à produção”, destacou Cyro Penna.
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