A campanha Outubro Rosa Pet está chegando ao final, mas ainda é tempo de conscientizar os tutores de cães e gatos quanto a prevenção dos tumores de mama nessas espécies.
Segundo a médica-veterinária e conselheira do Hospital Veterinário do Centro Universitário Max Planck (UniMAX Indaiatuba), Aline Machado De Zoppa, essa é a neoplasia mais comum em cadelas e gatas.
“As neoplasias mamárias podem ser benignas ou malignas. As benignas costumam ter uma apresentação localizada e dificilmente se espalham para outros tecidos. Já as malignas tendem a crescer e se espalhar”, pontua.
A profissional relata que cerca de 70% dos casos de tumores mamários em cadelas são malignos, enquanto em gatas esse número chega a 90%,
“Os tipos mais comuns encontrados são os adenocarcinomas mamários, seguidos pelos sarcomas e mastocitomas”, informa.
Fatores predisponentes
Aline explica que para o desenvolvimento da doença existe uma predisposição individual do animal. Porém, a influência hormonal está presente em grande parte dos casos de neoplasias mamárias em cadelas.
“As fêmeas de meia idade, entre sete e oito anos, são as mais acometidas. Com relação as raças, não existem predisposição racial definida”, relata.
Ainda de acordo com a veterinária, diferente do que muitos acreditam, os tumores mamários também pode se desenvolver em machos. Contudo, os animais do sexo masculino não possuem o estímulo hormonal na mama, por isso são menos predispostos.

Manifestação da doença
Os sinais clínicos das neoplasias de mama costumam ser fáceis de identificar. Geralmente, ocorre o surgimento de nódulos ou caroços nas mamas, que podem variar de tamanho.
Conforme a enfermidade vai evoluindo pode acontecer endurecimento, ulceração da pele, saída de secreção e até dor na região.
Quando está em um estágio avançado, o animal pode apresentar emagrecimento e até falta de apetite.
Prevenção é a melhor conduta
Como os tumores de mama possuem influência hormonal, Aline pontua que a principal forma de prevenção é através da castração precoce das fêmeas, sendo indicado o período entre o primeiro e o segundo cio para o procedimento.
“A ausência do estímulo hormonal no tecido mamário diminui a predisposição dos tumores que são influenciados por hormônios sexuais”, relata.
Entretanto, a profissional reforça que é importante lembrar sempre que este não é um procedimento isento de sequelas. Logo, a avaliação prévia do paciente permite indicar se a cirurgia deve ser realizada em algum outro momento ou até não é indicada.
Outro ponto importante, é que a definição do período no qual a castração deve ser feita é individual e, muitas vezes, até a raça pode interferir nisso.
“É preciso fazer um planejamento com relação ao melhor momento para o procedimento. Por exemplo, nas fêmeas das raças Golden Retriever os hormônios sexuais têm um fator protetivo importante. Além disso, a cirurgia também tem também efeitos negativos sobre o organismo, principalmente voltados a alterações articulares e outras neoplasias menos prevalentes, sendo necessário avaliar esses aspectos”, finaliza.
FAQ sobre a prevenção dos tumores de mama em pets
Quais os fatores predispõem o desenvolvimento da doença em cães e gatos?
Os tumores de mama possuem grande influência hormonal, estando presentes com maior incidência em cadelas e gatas não castradas com idade entre sete e oito anos.
Quais os sinais mais comuns dos tumores de mama em pets?
O principal sinal é o surgimento de nódulos ou caroços na região das mamas, que podem variar de tamanho.
Por que a castração ajuda a prevenir o câncer de mama?
A cirurgia minimiza a circulação de hormônios no organismo das cadelas e gatas. Como esse tipo de tumor tem influência hormonal, o procedimento atua como um fator preventivo.
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