Sob a direção de Cláudio Saltini, espetáculo será apresentado no domingo (6/7), às 15h, no Bosque Municipal Rangel Pietraroia. A entrada é franca
Respeitável Público, um aviso importante: ao mesmo tempo em que cativa e diverte, a arte circense tem a nobre capacidade de acolher e incluir. E como? A premiada Damião e Cia (Campinas |SP) traz a resposta por meio do seu mais novo espetáculo: Cem Histórias Sem Palavras, em cartaz domingo (6/7), às 15h, no Bosque Municipal Rangel Pietraroia, em Marília (SP). Com entrada gratuita, a montagem abraça a diversidade ao contar com intérprete de Libras e audiodescrição.
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Realizada por intermédio do Edital Fomento CultSP 32/2024, do Plano Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Ministério da Cultura, do Governo Federal, a temporada da montagem passará por 14 cidades do interior de São Paulo. Em Marília (SP), a apresentação tem o apoio da Prefeitura Municipal.

Sob a direção de Cláudio Saltini, fundador da reconhecida Cia. Circo de Bonecos (São Paulo/SP), a montagem traz à cena a dupla Lara Prado, a Palhaça Brigite Margô, e Rodrigo Nasser, o Palhaço Godrigo Chulé. Com influência da arte de Buster Keaton, Charles Chaplin, Gardi Hutter, Avner, George Carl e Aga Boom, trata-se de um espetáculo de comédia em dupla, sem palavras, que foi desenvolvido desde a sua concepção para ser plenamente acessível ao público surdo e ouvinte.
“A vasta tradição das comédias sem palavras no teatro e no cinema mudo nos fornece um material valioso para nos comunicarmos com pessoas surdas. Além disso, elementos visuais, como luzes e fumaça, são inseridos no espetáculo para que a compreensão da história não dependa, em nenhum momento, apenas da audição da trilha ou dos efeitos sonoros. Também estudamos Libras para que possamos nos comunicar com o público durante e após a apresentação”, conta o ator Rodrigo Nasser.
Para incrementar a comicidade física da cena, a dupla de palhaços se apropria de outras virtuoses circenses, como acrobacia, malabarismo e mágica. “Todos esses elementos são costurados por meio da relação entre os dois, que brincam de fazer todas essas coisas. Não buscamos que a virtuose seja um fator dominante, como no circo tradicional, mas que os elementos circenses surjam como trampolins para a criatividade dos dois palhaços, que desejam passar um tempo juntos, divertindo um ao outro”, destaca a atriz Lara Prado.

Por sinal, como pontua o diretor, o destaque da montagem está justamente na simplicidade do encontro entre Brigite Margô e Godrigo Chulé. “Os personagens, que se reconhecem de algum momento em que se viram no passado, conversam por meio de esquetes circenses que fluem suavemente na narrativa, transformando-se em pequenas histórias. O espetáculo tem o poder de fazer o espectador, seja criança ou não, perder a noção do tempo e se entregar às brincadeiras”, avalia Cláudio Saltini.
Em Cem Histórias Sem Palavras, a trilha sonora, assinada pelo músico chileno Arturo Cussen (Circo da Silva), também se torna personagem. “É excepcional! Ao mesmo tempo em que conduz a narrativa do espetáculo, traduz o espírito de cada momento. Como a montagem não tem palavras, a trilha sonora cria a atmosfera, o contexto e a empolgação de cada cena. Ela é sensível, poética e emocionante.”
Nas sutilezas de cada gesto, o espetáculo aborda a possibilidade da poesia cotidiana e a delicadeza que existe nos encontros entre as pessoas. “Criamos um espetáculo para falar sobre a habilidade humana de olhar para quem está ao nosso lado, principalmente em um mundo com tantos desencontros, tanta violência, tanto medo. A montagem abre uma fenda no espaço e no tempo, mostrando que os encontros são possíveis e nos transformam em pessoas melhores”, finaliza o trio.
A Damião e Cia
A premiada Damião e Cia é um grupo de pesquisa e criação em teatro e circo fundado em 2012 por artistas bacharéis em Artes Cênicas pela Unicamp. A companhia fundamenta sua linguagem no estudo das mais variadas formas de teatro popular, buscando a valorização da tradição, assim como sua reinvenção em prol do diálogo com a contemporaneidade.
Ao longo de sua trajetória, o grupo produziu os espetáculos As Presepadas de Damião (Mario Santana, 2012), Atenção, Respeitável Público (2012), Estrela da Madrugada (Mario Santana, 2013), Burundanga – a revolução do baixo ventre (Fernando Neves, 2018), Andante (Cia Markeliñe/Espanha e Damião e Cia, 2019), As Desventuras do Capitão Rabeca (Tiche Vianna, 2019) e GranCirque Brado (Thiago Sales, 2022), em parceria com o Circo Caramba, Trupica Coração (Kátia Daher, 2022), Um Incrível Show de Mímica (Rodrigo Nasser, 2022), Bem Debaixo do Nariz (Cláudio Saltini, 2023) e Cem Histórias Sem Palavras (Cláudio Saltini, 2025).
Os espetáculos do grupo são criados para diferentes espaços de representação e buscam a comunicação com um público heterogêneo, de modo a proporcionar a expansão do universo simbólico e criar rupturas no cotidiano, possibilitando encontros e trocas.
SAIBA MAIS
O quê: Cem Histórias Sem Palavras, da Damião e Cia
Quando: Domingo (6/7), às 15h
Onde: Bosque Municipal Rangel Pietraroia (Av. Brg. Eduardo Gomes, 1001, Jd. Maria Izabel, em Marília | SP)
Quanto: Grátis.
Informações: @damiaoecia
Importante: O espetáculo conta com intérprete de Libras e audiodescrição.
Assessoria de Imprensa
Tiago Gonçalves
tjgoncalvess@gmail.com
(19) 9 8158-0236