O IBGE divulga nesta terça-feira, 2, o Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre do ano. O dado deve mostrar desaceleração econômica. A análise é semelhante entre os dois principais bancos brasileiros: Itaú e Unibanco. A divulgação anterior, do primeiro trimestre, mostrou crescimento de 1,4% em relação ao primeiro trimestre de 2024. “Projetamos alta de 0,3% em relação ao trimestre anterior, sinalizando desaceleração frente ao forte avanço de 1,4% registrado no primeiro trimestre”, projeta o Bradesco.
O Itaú, por sua vez, é ligeiramente mais pessimista. “Estimamos que o PIB do 2T25 (segundo trimestre do ano) tenha crescido 0,2% na margem, com ajuste sazonal, e avançado 2,1% na comparação interanual”, indica o Itaú. De acordo com a instituição financeira, o setor agropecuário deve ser o destaque positivo da divulgação do IBGE. O crescimento deve ser de 9,8%, isso na comparação anual. “O PIB industrial deve ter desacelerado para 1,2% no 2T25 (ante 2,4% no 1T25”.
Consumo das famílias mais moderado
Já o Bradesco entende que o “consumo das famílias deve crescer em ritmo mais moderado, enquanto o investimento deve apresentar retração”. O Santander é ainda mais prudente em sua análise, com alta de 0,1% do PIB neste segundo trimestre. “Após um forte desempenho no 1T25, esperamos que o PIB tenha desacelerado no 2T25. Se confirmado, esse resultado igualará os desempenhos trimestrais mais fracos dos dois anos anteriores”. O banco projeta crescimento de 2% em 2025.
A estimativa é ligeiramente diferente da previsão para o PIB apresentada pelo Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 1. De acordo com a expectativa do mercado, o PIB deve crescer 2,19% neste ano – a previsão da semana anterior era de 2,18% de alta. Mas quatro semanas atrás era de 2,23%.
O PIB é um dos principais indicadores ‘debatidos’ durante as eleições presidenciais. Assim, a previsão do próximo ano não é favorável ao atual governo. Ainda segundo as expectativas do mercado, o PIB deve crescer menos no ano que vem: 1,87%. Se o Santander projeta que a economia vai crescer 2% neste ano, o Itaú indica alta de 2,2%. “No entanto, reconhecemos viés levemente baixista, diante de riscos associados ao mercado de crédito, com os efeitos do aumento do IOF e a desaceleração do crédito consignado para beneficiários do INSS”, avalia o Itaú.
PIB do segundo trimestre: o que sobe e o que desce
O relatório do Itaú a respeito do PIB ainda mostra quais segmentos da economia devem crescer ou desacelerar. A estimativa é ano contra ano, na respectiva comparação entre o primeiro e o segundo trimestres.
Segmento
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