Pesquisa revela que 40% dos cães e gatos estão com excesso de peso ou obesidade em Portugal

Uma pesquisa realizada pela Royal Canin sobre os hábitos alimentares e a obesidade animal em Portugal revelou que 40% dos gatos e cães no país apresentam excesso de peso ou obesidade.

O estudo foi realizado com médicos-veterinários e tutores e demonstrou que 40% dos responsáveis pelos animais não percebem os riscos dessas condições para a saúde de seus pets.

De acordo com a análise, 22% dos tutores de cães e gatos não sabem ao certo o que é um peso saudável e para descobrir essa informação utilizam como fonte os médicos-veterinários (66%), as redes sociais (13%) e amigos ou familiares (13%).

Além disso, para 76% dos portugueses, a obesidade em cães e gatos tem aumentado nos últimos anos. No entanto, 38% dos entrevistados não reconhecem o problema e 30% não seguem as orientações dos profissionais.

Mais um dado importante é que, quando questionados sobre as causas do aumento de peso nos animais, 43% dos tutores referem a alimentação em excesso e 41% a falta de exercício, o que reflete um estilo de vida mais sedentário.

Para complementar, 49% relata fornecer aos seus pets restos de comida motivados pelo carinho (28%) ou por os verem como membros da família (37%).

CACHORRO COCKER COMENDO RESTOS DE COMIDA
Fornecer restos de comida aos pets é relativamente comum em Portugal (Foto: Reprodução)

Fatores de risco mudam conforme a região

Um fato curioso revelado pelo estudo é que existem diferenças significativas nos comportamentos dos tutores de cães e gatos em Portugal, pricipalmente entre os que têm entre 35 e 44 anos.

No Algarve e na Beira Litoral, mais de 70% dos entrevistados admitiram alimentar os animais com restos de comida humana. Por outro lado, nas regiões da Madeira e dos Açores essa prática é menos comum, representando 55%, por exemplo.

O acesso à informação também varia conforme a região. Em Porto e Coimbra, 12% dos tutores procuram conteúdos sobre nutrição animal nas redes sociais, enquanto em Lisboa (79%), Vila Nova de Gaia (85%) e Setúbal (81%) há maior confiança nos médicos-veterinários como principal fonte de informação.

Outro fator comum em todas as regiões é a dificuldade dos tutores em resistir aos pedidos de comida dos animais.

Essa dificuldade é mais evidente na Estremadura e no Douro Litoral, onde há maior falta de alinhamento familiar no cumprimento das orientações nutricionais.

Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães e Gatos.

FAQ sobre a obesidade e o excesso de peso nos pets de Portugal

Quais os principais motivos para a obesidade de cães e gatos no país?

Segundo a pesquisa, os fatores de risco associados a obesidade e ao excesso de peso de cães e gatos em Portugal mais comuns são falta de informação, oferta de alimentos em excesso e rotina sedentária.

Os tutores de pets em Portugal entendem os riscos dessas condições?

O estudo revelou que 40% dos responsáveis pelos animais não percebem os riscos dessas condições para a saúde de seus pets e 22% dos tutores de cães e gatos não sabem ao certo o que é um peso saudável.

É comum ofertar restos de comida para os pets em Portugal?

Sim, esse é um hábito relativamente comum no país, sendo mais frequente em algumas regiões, como Algarve e Beira Litoral.

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