Após cravar um novo recorde na sexta-feira 5, ao fechar em 142 640 pontos, o Ibovespa opera em queda nesta segunda 8. Por volta das 16h25, o principal índice da B3 recuava 0,54% para os 141 873 pontos. O recuo, no entanto, não preocupa o mercado e é visto como um movimento de correção após a forte alta da semana passada. Além disso, no acumulado do ano, o Ibovespa já subiu mais de 18%.
Por isso, os analistas gráficos ainda apostam na manutenção da tendência de alta da bolsa brasileira. A análise gráfica é uma metodologia que busca identificar tendências de curtíssimo prazo para os ativos, buscando a formação de padrões nas curvas de cotação e na força relativa de compra ou venda do mercado.
Na média, os grafistas apontam que o recorde conquistado na sexta abre caminho para a continuidade da alta até a região 147 900 pontos, o que representa uma valorização potencial de 3,82% sobre o fechamento de sexta-feira. Na ponta mais conservadora está a Ágora Investimentos, que aponta a região dos 145 800 pontos como o próximo ponto de resistência do índice. Na análise gráfica, resistência é um ponto da curva que, uma vez alcançado, pode esgotar uma tendência de alta. A cotação do ativo passaria, então, a cair. Mas, se a resistência for ultrapassada, a tendência é que as altas acelerem.
Na ponta mais otimista, o Itaú BBA estima que, ao cravar um novo recorde na semana passada, o Ibovespa provou que tem força para subir até os 150 000 pontos. Isso significaria um ganho de 5,16% sobre o fechamento de 5 de setembro.
Outra questão que os grafistas tentam responder é até onde o Ibovespa pode cair, antes que isso configure uma inversão da tendência de alta. Afinal, oscilações no índice são comuns e ninguém espera que ele apenas suba. De tempos em tempos, fatores econômicos nacionais e estrangeiros e o desejo de parte dos investidores de vender ações que compraram há algum tempo e embolsar os lucros fazem com que a bolsa caia.
Por ora, a queda de hoje não parece colocar em risco a trajetória de valorização. Segundo a equipe de grafista dos Itaú BBA, o suporte mais próximo está na região dos 140 900 pontos. Nessa metodologia, um suporte é um ponto da curva que, uma vez alcançado, pode estancar uma tendência de queda, fazendo com que o preço do ativo volte a subir. O rompimento desse piso, porém, alimentaria uma tendência de queda ainda mais pronunciada.