A fabricante de microchips Nvidia se tornou a primeira empresa do mundo a bater a marca de 5 trilhões de dólares em valor de mercado, impulsionada pelo avanço da inteligência artificial e pela corrida global por processadores de alto desempenho. Há apenas três meses, a fabricante do Vale do Silício já havia sido a primeira a ultrapassar a barreira dos 4 trilhões de dólares.
Em comparação, o valor de mercado da Nvidia supera o PIB da Índia, do Japão e do Reino Unido, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Além disso, é duas vezes maior que o PIB do Brasil, estimado em 2,17 trilhões de dólares. A empresa também deixou para trás concorrentes da indústria de semicondutores, beneficiando-se da recente valorização das ações de tecnologia.
A ascensão da Nvidia mostra como as plataformas de tecnologia e IA estão se consolidando como forças dominantes da economia global, com valor comparável, ou até superior, ao de grandes economias nacionais. O contraste evidencia o desequilíbrio crescente entre o poder das corporações de tecnologia e a capacidade produtiva de países emergentes. Enquanto economias como a brasileira crescem em ritmo moderado, companhias ligadas à IA acumulam valor em velocidade exponencial, impulsionadas tanto pelo otimismo dos investidores quanto pela expectativa de que a inteligência artificial redefinirá setores inteiros.
Na semana passada, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, revelou que a companhia encomendou cerca de 500 bilhões de dólares em chips. A empresa também anunciou uma parceria com a Uber para desenvolver robotáxis, além de um investimento de 1 bilhão de dólares na fabricante finlandesa de celulares Nokia para colaboração no desenvolvimento da tecnologia 6G. A Nvidia ainda trabalha junto ao Departamento de Energia dos Estados Unidos na construção de sete novos supercomputadores de IA.
Os planos da OpenAI para ampliar sua infraestrutura também dependem dos processadores da Nvidia. No mês passado, a fabricante anunciou um investimento de 100 bilhões de dólares na OpenAI, em uma parceria que prevê a adição de 10 gigawatts em datacenters equipados com chips da empresa, aumentando significativamente a capacidade computacional da criadora do ChatGPT.












