Olá, queridas leitoras,
Hoje gostaria de conversar com vocês sobre um assunto que norteia a economia brasileira e da qual as mulheres têm papel primordial: a pecuária. Essa atividade responde por 30% do PIB do nosso agro, o que corresponde a R$ 819,26 bi (2024). Somos o maior exportador de carne bovina e de frango e o 2º maior produtor.
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Esses são alguns números do gigantesco e pujante setor que ano passado foi responsável por 23,2% do Produto Interno Bruto do país. Porém, há muito mais. No Brasil, 947 mil mulheres lideram propriedades rurais e outras 817 mil participam da gestão compartilhada, o que representa mais de 1,7 milhão de mulheres na direção e codireção de estabelecimentos agropecuários.
Quando trato nos nossos encontros, neste espaço e no podcast que precisamos dar as mãos umas às outras, falo diretamente de entender e de enaltecer essas conquistas.
A contribuição feminina na pecuária muitas vezes é tratada como “complementar”, o que reforça desigualdades de gênero no campo. Entretanto, não é novidade para ninguém que as mulheres vêm assumindo um papel cada vez mais estratégico na transformação da pecuária brasileira, imprimindo ao setor uma abordagem mais inovadora, sustentável e sensível às demandas da sociedade mundial.
Com sua crescente participação, práticas modernas de manejo têm sido incorporadas, promovendo o equilíbrio entre produtividade e conservação ambiental — um diferencial que fortalece a competitividade do agronegócio no cenário global.
A presença feminina na liderança de propriedades rurais tem se traduzido em inovação e práticas sustentáveis, transformando as operações agrícolas com novas tecnologias e métodos modernos, que dinamizam processos e resultam em alta produtividade.
Além de trazerem um novo olhar sobre administração, elas também são responsáveis por promover um ambiente de trabalho inclusivo, diverso e que melhora as condições sociais nas comunidades rurais.
Elas se tornaram símbolos de resiliência, inovação e protagonismo, inspirando novas gerações a enxergar o campo como um espaço de oportunidades e transformação. Suas contribuições não apenas fortalecem o agronegócio, mas também ajudam a redefinir seus valores, apontando para um futuro mais justo, inclusivo e sustentável.
Contem com a Semeadoras do Agro para isso.
Com carinho,
Juliana Farah, presidente da Comissão Semeadoras do Agro da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)