Todos nós precisamos mudar, logicamente para melhor, onde estimulamos nossos pacientes com nossa frase teoterapêutica: estou melhor e melhorando a cada dia. Temos isso como objetivo a cada dia em sermos e estarmos mais próximos da perfeição, buscando sempre o primoroso.

Para tanto, seria necessário fazemos algumas analises pessoais onde poderíamos por exemplo descrever o padrão comportamental que desejo modificar, como exemplo falaríamos sobre a maneira de se portar em situações de estresse.

Esse comportamento, podendo ser emoções vindo com muita força, entre elas a ira, a raiva ou mesmo o pânico e o choro, que nos abatem violentamente e perdemos o controle se olharmos somente para elas, esquecendo de quem deveria controla-las seriamos nós mesmos. As emoções surgem rápido e desaparecem rápido, diferente dos sentimentos que são mais demorados para desaparecer.

Nessa análise pessoal poderíamos pensar em que tipo de circunstâncias esses comportamentos ocorrem com mais frequência. Será que nossos traumas, dores do passado, angustias não tratadas e liberadas estão “andando” conosco? As situações que passamos, os pesares nem sempre são causados pelos pares ao nosso redor, mas muitas vezes são causados pelos nossos próprios sentimentos que não foram cuidados corretamente.

Temos nossas entradas em nossos pensamentos através de nossos cinco sentidos, os quais podem acionar nossos gatilhos, trazendo rapidamente ao nosso pensamento as dores vividas do passado. Mas se elas foram cuidadas devidamente, sanadas, curadas, esses gatilhos disparam, mas já são eliminados com a mesma rapidez.

Se o que fazemos nestas situações acabam gerando consequências negativas é então necessário me preparar para que advindo momentos semelhantes eu possa me defender mentalmente.

A defesa mental, passa pela inteligência emocional, onde passamos a ter a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar nossas próprias emoções e as emoções dos outros ao nosso redor com uma eficácia maior.

Poderíamos incluir habilidades como autoconsciência, autorregulação, empatia e habilidades sociais e se somos uma pessoa com alta inteligência emocional, seremos capazes de controlar nossos impulsos, expressar nossos sentimentos de maneira adequada, lidar com situações estressantes e conflituosas, e criar relacionamentos muito mais saudáveis e produtivos.

Essa habilidade é de suma importância em muitas áreas de nossas vidas, que deveríamos incluir trabalho, relacionamentos, saúde mental e bem-estar geral.

Agora é o momento de refletir sobre quais crenças, padrões de pensamento e comportamentos estão influenciando o conflito que estamos enfrentando. É importante realizar uma análise crítica e constante para que possamos desenvolver um controle emocional efetivo durante o processo e evitar futuros conflitos.

O que elas estão contribuindo para o conflito, isso é, gerando mais dores e angustias, devemos perguntar se há alguma crença ou pensamento que está impedindo de encontrar uma solução para o problema.

Passemos a tentar compreender o ponto de vista da outra pessoa envolvida no conflito. Pensemos se os padrões de pensamento ou crenças dela podem estar contribuindo para o conflito.

Logicamente durante o processo de análise, é importante manter o controle emocional. Tente manter a calma e a objetividade para que possa analisar a situação de forma mais clara e evitar reações impulsivas que possam piorar o conflito. Se puder fazer análises de conflitos passados seria melhor para não ser pego de surpresa novamente.

Ao identificar os padrões de pensamento ou comportamentos que contribuem para o conflito irá ajudá-lo a evitar futuros conflitos semelhantes.
Por favor, se o conflito for muito intenso e não puder ser resolvido sozinho, pode ser útil buscar ajuda profissional, como um teoterapeuta, um psicoterapeuta ou mediador. Eles podem ajudá-lo a desenvolver habilidades para lidar com conflitos de forma mais efetiva e a evitar futuros conflitos.
Entendendo tudo isso, posso gerar os argumentos contra essas crenças, esses padrões de pensamento e comportamentos onde algumas crenças e pensamentos podem ser apenas opiniões pessoais, e não fatos objetivos. É importante reconhecer a diferença e não permitir que opiniões pessoais prejudiquem o julgamento ou o relacionamento com outras pessoas.

Também algumas crenças podem ser verdadeiras em certas situações, mas não em todas. É importante estar aberto as várias exceções e nuances. Não podemos deixar as crenças ser limitantes e impedir o crescimento pessoal e profissional. É importante identificar cada uma dessas crenças limitantes e trabalhar para mudá-las.

Outras crenças limitantes podem ser baseadas em preconceitos e estereótipos gerados pela criação, convívio e sociedade. É importante reconhecer esses preconceitos e trabalhar para superá-los.

Se nossos comportamentos estão sendo prejudiciais para nós mesmos e para outras pessoas é de suma importância identificar cada um desse comportamentos e trabalhar rapidamente para mudá-los e então promover relacionamentos mais saudáveis e positivos.

Depois de passada a situação, quais foram as experiências que tivemos ao praticar essa nova forma de agir? Faça essa pergunta e responda em uma folha de papel ou em seu dispositivo eletrônico.

Finalize com base na sua experiência, formulando uma nova regra, mais adaptativa e condizente com sua realidade atual.

Desejo a todos uma ótima semana na Graça.
 
Valcelí Leite
Teoterapeuta – Terapeuta Familiar Sistêmico – Pastor
Atendimento a casais e famílias que passam por problemas e dificuldades momentâneas e situações fora de seu controle.
ABT 1.0010-SP

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Baseado em: Arntz, A., & Van Genderen, H. (2009). Schema therapy for borderline personality disorder. John Wiley & Sons. 

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