Com foco na formação humanizada e na responsabilidade social, o curso de Medicina Veterinária da Universidade de Marília (Unimar) intensificou, neste semestre, a participação em projetos de impacto social, aproximando os acadêmicos da comunidade e levando informação essencial sobre saúde animal.
Inseridas nas campanhas nacionais de saúde, como o Setembro Vermelho e o Outubro Rosa, as iniciativas conectaram as lutas mensais ao universo pet, reforçando a importância do cuidado preventivo e da atenção integral aos animais de companhia.
Segundo o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Unimar, Prof. Dr. Fábio Manhoso, mais do que campanhas de conscientização, as ações se transformam em verdadeiras experiências de aprendizado para os acadêmicos.
“Essas atividades possibilitam contato direto com diferentes realidades, ampliam a visão clínica e fortalecem a formação profissional. Para a comunidade, representam um serviço educativo fundamental, promovendo diagnóstico precoce, qualidade de vida e cuidado responsável com os pets”, conta.
No Hospital Veterinário da Unimar, a tradicional campanha Outubro Rosa Pet recebeu tutores em busca de orientação e avaliação especializada.
A proposta reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama em cadelas e gatas , doença que, assim como nas mulheres, é frequente e exige atenção.
A docente Camila Porto, responsável pela ação, destaca o papel do tutor na identificação dos primeiros sinais. “É muito importante que o tutor acompanhe todo o quadro do animal, porque quanto antes a gente puder fazer o diagnóstico, maiores são as chances de cura. A gente aproveita em outubro, porque já existe a campanha que chama atenção para os quadros de câncer de mama, ampliando para as cachorras e gatas, já que é muito semelhante ao da mulher. Então a conscientização também tem que acontecer com esses tutores. Se diagnosticarmos quando o tumor ainda está pequenininho, todo o procedimento de tratamento é muito mais simples”, destaca.
Entre os atendimentos, a tutora Cleusa Sobreiro, cuja cadelinha está em tratamento, relatou a importância da campanha para orientar os cuidadores.
“Eu vejo de suma importância essa visão de cuidar deles, porque eu já sei que ela tem um tumor. A qualidade de vida que ela vai ter daqui para frente é o mais importante. Se o tutor não se atentar a esse tipo de problema, teremos cada vez mais animais sofrendo. Ter um animal não é só levar para casa porque ele é bonitinho, mas sim responsabilidade e cuidado”, reforça.
Para o acadêmico Rafael Pessoa, a campanha também representa um ganho pedagógico significativo. “A campanha entrou como parte da curricularização, algo que é muito importante para o nosso currículo e para nosso conhecimento. Aqui temos hospital, laboratório, contato com casos reais. Isso nos aproxima das doenças e do tratamento, algo essencial para nosso futuro como profissionais”, afirma.

Outra frente de atuação foi o Setembro Vermelho Pet, campanha dedicada à conscientização sobre doenças cardiovasculares em cães e gatos. A ação foi realizada em diferentes pontos da cidade, incluindo escolas e semáforos, onde estudantes conversaram com moradores e distribuíram orientações sobre sinais, prevenção e importância do acompanhamento veterinário.
O docente Rodrigo Franco, responsável pela iniciativa, explica o propósito da campanha. “Setembro Vermelho é um mês dedicado à prevenção das doenças cardiovasculares e da mesma forma que é feito na área médica, realizamos ações educativas na medicina veterinária. O objetivo foi orientar a população sobre a prevenção de doenças cardíacas em cães e gatos, que podem aparecer tanto na fase jovem quanto na adulta e idosa. Muitas vezes o proprietário não sabe que o animal apresenta a doença. A avaliação cardiológica deve ser feita em todas as idades, sempre com foco no diagnóstico precoce e na qualidade de vida”, explica.
Os acadêmicos também viveram uma intensa experiência de campo. Pedro Molina, participante da ação, relatou a receptividade da comunidade.
“A recepção foi muito grande, principalmente das crianças nas escolas. Elas perguntavam, contavam sobre seus animais. Nos semáforos também tivemos muito contato com as pessoas e muitas se interessavam, perguntavam, até trouxeram exames para mostrar. Foi uma experiência muito válida, conseguimos levar um pouquinho de conhecimento para eles”, diz.
A acadêmica Glória Januário reforça o impacto social dessas ações. “É muito importante porque conseguimos levar nossos conhecimentos para a comunidade. Isso ajuda os médicos veterinários, os tutores e os alunos. É uma troca de aprendizado que beneficia todos, destaca.
Segundo o Reitor da Universidade de Marília, Dr. Márcio Mesquita Serva, as ações extra muros reafirmam o compromisso da Unimar com uma formação que vai além da sala de aula.
“Ao conectar campanhas nacionais ao contexto animal, a Universidade promove conscientização, amplia o acesso à informação e reforça a importância do cuidado preventivo. Para os acadêmicos, trata-se de um momento único de aprendizado real, empatia e preparação profissional. Para a comunidade, representa acesso a orientação qualificada, diagnóstico precoce e uma oportunidade de promover a saúde e o bem-estar dos pets”, finaliza.













