Laudo técnico comprova excesso de manganês na Represa de Guarapiranga em SP

Responsável pelo abastecimento de 2,4 milhões de paulistanos, a Represa de Guarapiranga é também fonte de preocupação. Laudo técnico realizado pela Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) aponta excesso de manganês, substância que provoca gosto metálico, turbidez e odor. A fiscalização constatou que o abastecimento está fora dos padrões e que a adequação é urgente. O diagnóstico foi compartilhado com a vereadora Renata Falzoni (PSB) e a deputada estadual Tábata Amaral (PSB), há menos de uma semana. As legisladoras anexaram o documento ao inquérito em  andamento, no Ministério Público, que investiga riscos do abastecimento à saúde pública.

O relatório foi elaborado depois de seis meses de denúncias de mau cheiro e coloração escura das águas, que chegavam nas torneiras das habitações da região dos bairros Capão Redondo, Jardim São Luiz, Jardim Ângela e Parque Bologne. A população afetada corresponde a cerca de metade das 5 milhões de pessoas atendidas pelos reservatórios Billings e Guarapiranga.

O laudo constatou 0,230 miligrama por litro de manganês na água coletada diretamente da represa, em um dos horários fiscalizados, que é o dobro do recomendado pelo Ministério da Saúde. Nos EUA, permite-se 0,05 miligramas de manganês por litro, de acordo com a Segunda Regulação de Água Potável (que tem força de lei) da Agência de Proteção do Maio Ambiente (sigla em inglês, EPA). “Além da ação, que virou inquérito no Ministério Público, analisamos o Plano de Ação Climático da gestão”, escreveu Falzoni em postagem na rede social.

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+https://vejasp.abril.com.br/cidades/falta-de-barreiras-de-contencao-piora-sujeira-na-represa-guarapiranga/

A vereadora fez uma visita de inspeção à represa, onde pode comprovar o despejo irregular de esgoto direto nas águas, excesso de algas e muita sujeira. O trabalho da legisladora é assegurar saneamento ambiental universal e eficiente para garantir o abastecimento de qualidade. Junto com movimentos como Nossa Guarapiranga e Abraço Guarapiranga, as legisladoras continuam recebendo denúncias do serviço prestado pela Sabesp. 

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