Prefeito eleito, Vinicius Camarinha

O juiz da Vara da Fazenda Pública, Walmir Idalêncio dos Santos Cruz concedeu nesta sexta-feira (1) liminar que suspende, em caráter de urgência, diversas licitações de autoria do prefeito Daniel Alonso (PL). A ação, de autoria do prefeito eleito, Vinicius Camarinha (PSDB), reforça que tais licitações, feitas após o período eleitoral, comprometeriam o orçamento para a próxima gestão.

“Os objetos das licitações não se relacionam a necessidades imediatas do município de Marília e geram gastos que ultrapassam R$ 80 milhões”, destaca a ação impetrada na Justiça e acatada pelo magistrado”.

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Para o prefeito eleito, Vinicius Camarinha a situação é inaceitável. “São licitações absurdas, como por exemplo: de compra de armários para o MAC (Marília Atlético Clube), uma outra de R$ 25 milhões para software e programas de Educação e também de R$ 5 milhões para a Secretaria de Planejamento Urbano. As licitações foram publicadas no Diário Oficial do Município e ao meu ver são irresponsáveis e criadas para inviabilizar o nosso governo, que começa no dia 1º de janeiro”, destacou Vinicius Camarinha.

Nesta sexta-feira, também aconteceu a primeira reunião do governo de transição e, mais uma vez, Vinicius alertou para esses gastos infundados. “Vamos fazer uma auditoria criteriosa e profunda e apresentar para a sociedade mariliense a situação financeira e administrativa da Prefeitura de Marília. A dívida deve chegar em torno dos R$ 2 bilhões, com déficit mensal de aproximadamente R$ 40 milhões.

Com as dívidas já existentes, com o IPREMM (Instituto de Previdência do Município de Marília), por exemplo, com prestadores de serviço, como a Unimar, que administra a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e a Unimed, qual o objetivo ou benefício de novos gastos?”, questiona o prefeito eleito, que completa “é preciso investir em áreas prioritárias como a saúde, onde a população clama por um bom atendimento e não com questões supérfluas”.

O magistrado manteve apenas uma licitação para compra de cartilhas de cerca de R$ 7 milhões destinados à “orientação contra a Dengue”. Walmir Idalêncio dos Santos Cruz considerou, nesse caso, aproximação do período de chuvas, que cria risco de epidemia da doença.

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