O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira, 4, que forças de segurança receberam restos mortais de um refém cativo em Gaza, como parte do acordo de cessar-fogo com o grupo militante palestino Hamas.
“Israel recebeu, através da Cruz Vermelha, o caixão de um refém falecido”, disse o gabinete de Netanyahu.
Em nota, o Exército disse que o corpo seria levado a um centro de medicina legal para identificação. Caso haja confirmação, seria o 21º refém morto, entre os 28 envolvidos no acordo do cessar-fogo, entregue pelo Hamas.
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Na segunda-feira, Israel já havia anunciado a identificação de restos mortais de três reféns sequestrados pelo Hamas e levados para Gaza.
Os restos são do capitão americano-israelense Omer Neutra, de 21 anos, que morreu ao ser sequestrado, do cabo Oz Daniel, 19, e do coronel Asaf Hamami, 40, o oficial de mais alta patente assassinado pelo Hamas.
A confirmação da entrega legítima dos reféns vem em meio a trocas de acusações entre Israel e Hamas sobre violações do frágil cessar-fogo. O governo israelense alega que o grupo tem sido muito lento na entrega dos reféns mortos durante o conflito, um dos termos da trégua; o Hamas afirma estar trabalhando o mais rápido possível, dadas as difíceis condições no enclave devastado por bombas.
Essa questão é apenas uma das disputas que impedem a plena implementação do cessar-fogo, em vigor desde 10 de outubro. No início do domingo, um ataque aéreo israelense matou um homem no norte de Gaza, que o Exército israelense se tratar de um militante que representava uma ameaça às suas forças. O Hospital Al-Ahli informou que um homem morreu no ataque aéreo perto de um mercado de verduras no subúrbio de Shejaia, na Cidade de Gaza.
“Ainda existem focos de atividade do Hamas nas áreas sob nosso controle em Gaza, e estamos eliminando-os sistematicamente”, declarou Netanyahu em um pronunciamento transmitido pela televisão.
O Hamas divulgou o que descreveu como uma lista de violações do cessar-fogo por Israel. Ismail Al-Thawabta, diretor do escritório de imprensa do governo de Gaza, controlado pelo Hamas, negou que combatentes tenham violado a trégua ao atacar soldados israelenses.













