Irrigador bucal – conheça o aparelho que ajuda a manter a saúde bucal

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Especialistas do CROSP explicam como utilizar adequadamente este aparelho para a higiene oral
Com os avanços da tecnologia, novos acessórios surgiram para reforçar os cuidados com a saúde oral. Entre eles está o irrigador bucal, aparelho que utiliza um jato de água com pressão controlada para remover resíduos de alimentos em locais de difícil acesso.

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A presidente da Câmara Técnica de Implantodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dra. Sumaia Zoghbi, explica que o irrigador é especialmente útil para complementar a escovação e o uso do fio dental.

“O irrigador ajuda na remoção de resíduos de alimentos em áreas que a escova e o fio dental por vezes não alcançam, principalmente em usuários de próteses, implantes ou aparelhos ortodônticos”.

O uso também é indicado para pessoas com limitações motoras, que tenham dificuldade em manusear o fio dental, para indivíduos com histórico de doenças periodontais e para quem busca melhorar a higiene oral além dos cuidados básicos.

Cuidados necessários com o aparelho
A Dra. Sumaia orienta que é essencial higienizar regularmente o reservatório de água e os bicos do irrigador, evitando acúmulo de bactérias e fungos. Os bicos devem ser substituídos entre 3 e 6 meses, conforme recomendação do fabricante. “O aparelho, quando bem cuidado, pode durar anos, embora algumas peças de reposição possam ser necessárias ao longo do tempo”, esclarece.

O presidente da Câmara Técnica de Ortodontia do CROSP, Dr. Ronaldo Tuma, complementa: “Como todo aparelho eletrônico, as manutenções serão necessárias em algum momento, além das higienizações indispensáveis para evitar contaminações nos usuários.”

Ele ressalta ainda que é fundamental buscar orientação profissional antes de utilizar o irrigador bucal. “Existem riscos na utilização dos irrigadores, principalmente relacionados ao mau uso pelo operador e à potência do jato. Os usuários também devem se preocupar, e muito, com o risco de contaminação, devido à falta de uma correta higienização do aparelho, podendo causar uma contaminação diretamente no usuário ou entre eles, quando o equipamento é compartilhado (contaminação cruzada). É necessário que se opere os irrigadores orais com habilidade. Se o irrigador for direcionado incorretamente às áreas mais sensíveis, poderá ocasionar ferimentos significativos na cavidade oral e orofaringe, podendo inclusive ocasionar engasgo”, diz o especialista.

Contraindicações e orientações
Segundo a Dra. Sumaia, pessoas que passaram por cirurgias orais recentes ou que apresentam condições gengivais severas devem consultar o cirurgião-dentista antes de usar o aparelho. Ela alerta que o uso incorreto, especialmente com jatos de alta pressão, pode causar irritação gengival ou desconforto.

O Dr. Ronaldo acrescenta que o irrigador deve ser contraindicado para crianças pequenas. “A orientação é evitar que crianças sem o devido discernimento dos riscos utilizem esse tipo de aparelho. Pacientes com parestesias na região oral precisam ter maior cuidado para evitar lesões pela falta de sensibilidade. Já pacientes com feridas e alterações na mucosa oral precisam, antes do uso, da devida orientação do cirurgião-dentista.”

Como incorporar o irrigador à rotina
O melhor momento para utilizar o irrigador é após a escovação e o uso do fio dental, ajudando a remover o biofilme que possa ter resistido. Entretanto, os especialistas reforçam que ele não substitui esses cuidados, mas deve ser considerado um complemento.

“O irrigador bucal atua como um complemento durante a higienização bucal por meio do uso regular, ajudando a reduzir o risco de gengivite e periodontite”, ressalta a Dra. Sumaia.

O Dr. Ronaldo diz que a frequência da utilização do irrigador bucal pode ser diária e até estar presente a cada escovação. “Se isso não for possível e tivermos que escolher um único momento, que seja na última escovação do dia, antes de dormir.”

É importante lembrar que o irrigador não remove o tártaro já instalado, a bactéria só pode ser eliminada por meio de intervenção do cirurgião-dentista.

Modelos disponíveis
Existem diferentes tipos de irrigadores, como os de mesa (maiores e indicados para uso doméstico), os portáteis (mais compactos) e os modelos com jatos ajustáveis, que permitem controlar a pressão conforme a sensibilidade do usuário.

Na hora de escolher, é importante considerar a capacidade do reservatório, ajustes de pressão, facilidade de limpeza e disponibilidade de bicos de reposição. Também é relevante avaliar onde será utilizado, se será em casa, no trabalho ou em viagens.

“Devemos escolher um aparelho de boa marca, que seja bivolt, que permita regular a potência do jato, que tenha jato intermitente, com reservatório adequado, diferentes formatos de pontas, resistentes à desinfecção química e com acesso facilitado a peças de reposição”, alerta o Dr. Ronaldo Tuma.

É indispensável consultar o cirurgião-dentista, visto que ele será capaz de recomendar o modelo mais adequado de aparelho e poderá orientar sobre o uso correto do irrigador bucal.

Sobre o CROSP
O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica e de direito público com a finalidade de fiscalizar e supervisionar a ética profissional em todo o Estado de São Paulo, cabendo-lhe zelar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente.
Hoje, o CROSP conta com mais de 175 mil profissionais inscritos. Além dos cirurgiões-dentistas, o CROSP detém competência também para fiscalizar o exercício profissional e a conduta ética dos Técnicos em Prótese Dentária, Técnicos em Saúde Bucal, Auxiliares em Saúde Bucal e Auxiliares em Prótese Dentária.

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