O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em leve desvalorização de 0,06% nesta terça-feira, 4, estacionando nos 150 mil pontos. A bolsa de valores opera em movimento de realização de lucros após ultrapassar, pela primeira vez, o patamar histórico de 150 mil pontos na véspera. O dólar, por sua vez, teve alta e ficou cotado a 5,40 reais.
Hoje, os negócios operam com cautela após a euforia no mercado financeiro de ontem. A agenda econômica é fraca tanto no exterior quanto no Brasil. Por isso, os investidores operam em aguardo de eventos importantes durante a semana.
Amanhã, o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne para mais uma decisão acerca da política monetária brasileira. O consenso dos especialistas é que haverá uma manutenção na taxa básica de juros, a Selic, a mantendo em 15% ao ano. No entanto, o comunicado do Comitê será analisado detalhadamente para achar um possível spoiler de quando o BC começará a cortar juros.
“Se espera por um comunicado mais dovish (tranquilo), uma vez que o Copom foi bem agressivo nos comunicados das manutenções de juros anteriores”, afirma Leonardo Santana, especialista em investimentos e sócio da casa de análise Top Gain.
No mercado de ações, a Embraer (EMBJ3) se destaca negativamente após divulgar seus resultados referentes ao terceiro trimestre do ano. A companhia reportou lucro líquido de 289,4 milhões de reais, uma queda expressiva em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a companhia havia registrado 1,22 bilhão de reais em lucro. Em respostas, seus papéis ficaram entre as maiores baixas do dia, com recuo de quase 4,5%.
Já os principais bancos do país oscilaram. Os papéis do Itaú (ITUB4) desvalorizaram 0,35%, enquanto os papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4) apresentaram estabilidade (BBDC3) e leve alta de 0,06% (BBDC4). O Santander (SANB11) avançou 0,48% e o Banco do Brasil (BBAS3) teve valorização de 0,95%.
Em relação ao dólar, Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, explica que a alta de hoje é um movimento de correção saudável após uma sequência de quedas em relação ao real. “Em um ambiente de aversão ao risco e ajustes após recordes nas bolsas, os investidores voltam a buscar proteção no dólar, que se fortalece também frente a outras moedas”, diz.
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