Briga generalizada entre parentes termina em socos, facadas, acusações de transfobia e intolerância religiosa — tudo dentro da delegacia

Uma verdadeira cena de filme policial tomou conta da Delegacia de Arealva, nesta terça-feira (22). O que seria o simples registro de um boletim de ocorrência acabou em um espetáculo de agressões, gritaria, acusações de transfobia, intolerância religiosa e até feridos. Cinco mulheres da mesma família foram presas em flagrante, e um policial saiu machucado ao tentar conter o caos.

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Segundo o boletim de ocorrência, tudo começou pela manhã, quando três mulheres — uma mãe, suas duas filhas, sendo uma delas transgênero — foram até a delegacia para denunciar ameaças supostamente feitas por uma irmã da mãe e sua filha. Mas o destino pregou uma peça: as denunciadas chegaram logo em seguida… e a confusão estourou de vez!

Mesmo orientadas a esperar do lado de fora, a tensão subiu e as trocas de olhares e provocações se transformaram em agressões físicas violentas. As cenas foram dignas de uma pancadaria: tapas, socos, puxões de cabelo, gritaria e até uso de armas brancas. Três facas foram apreendidas no local. O tumulto deixou um escrivão ferido, ele tentou separar a briga, mas saiu com escoriações nas mãos.

Uma das filhas da mulher que iniciou a denúncia foi a que mais se feriu: teve uma unha arrancada e fraturou um dedo. Ela foi levada a um hospital de Bauru, onde denunciou a tia e a prima por transfobia, alegando ter sido atacada verbalmente por sua identidade de gênero. A irmã dela também prestou queixa, alegando ofensas por motivos religiosos.

Todas as cinco mulheres envolvidas foram autuadas em flagrante pelo delegado Roberto Cabral Medeiros, pelos crimes de lesão corporal, ameaça e preconceito racial e religioso. Permanecem presas, aguardando audiência de custódia, e solicitaram medidas protetivas de urgência.

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