Criado pelo chef Paulo Martins (1946-2010), um dos grandes divulgadores da cozinha brasileira, o Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense passou a figurar no calendário de grandes eventos gastronômicos da cidade de Belém. Mesmo após a morte do chefe, o tradicional encontro continuou sendo realizado. Em 2020, na pandemia, no entanto, o festival foi encerrado de forma definitiva. Agora, no ano em que a capital paraense recebe a COP30, o encontro está de volta. A 15ª edição do evento acontecerá durante todo o mês de setembro e contará com uma programação extensa.
No Circuito Gastronômico, que acontece entre 1º e 21 de setembro, 20 restaurantes da cidade vão oferecer pratos criados especialmente para o evento. Entre 1º e 30 de setembro, a Feira de Produtores acontece no Shopping Bosque Grão-Pará, com venda de produtos locais. Haverá dois Jantares Magnos, nos dias 3 e 10, em que chefs paraenses e de outras cidades do país vão se reunir para criar menus únicos. O Chefs na Praça e a Farofada, em 20 e 21 de setembro, chefs vão preparar pratos em praça pública. E o Grande Festival, novidade da edição 2025, acontece nos finais de semana de 5 a 7 e de 12 a 14, no Shopping Bosque Grão-Pará, com degustações, aulas e outras atividades.
-
Gastronomia
COP30 será um grande palco para os sabores da floresta do chef Saulo Jennings
A programação é completa com o Jantar das Boieiras. São mulheres que servem refeições completas (ou “boias”, daí o nome) no mercado Ver-o-Peso. No festival, elas serão responsáveis pelos pratos principais, e os chefes convidados vão elaborar acompanhamentos. “Elas foram o principal motivo para a volta do evento, que tem a importante missão de valorizar a cozinha local, desenvolver sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis e transformar pessoas e comunidades através da comida”, afirma Joanna Martins, diretora do Instituto Paulo Martins e uma das organizadoras do evento, em comunicado divulgado à imprensa.
O festival terá uma lista longa de convidados. Há representantes da gastronomia paraense, como Saulo Jennings, da rede Casa do Saulo, Thiago Castanho, que está à frente do Puba em Belém e do Sororoca em São Paulo, Paulo Anijar, da Santa Chicória e Com’é?! Ristorante, e Daniela Martins, do É Pra Levar, entre vários outros. Mas há também chefs de outras cidades, como Telma Shimizu, Embaixadora para Difusão da Cultura e Culinária Japonesa e responsável pela cozinha do Aizomê, em São Paulo, Janaína Torres, eleita a melhor chef do mundo, a mineira Bruna Martins, conhecida pelo trabalho nos restaurantes Birosca S2, Florestal e Gata Gorda, o gaúcho Rodrigo Bellora, do restaurante Valle Rústico, Leila Carreiro, do restaurante Dona Mariquita, de Salvador, Morena Leite, chef do grupo Capim Santo, e Benê Souza, responsável pela cozinha do Z Deli, em São Paulo, entre muitos outros.
Os ingressos já estão à venda. A entrada para um dia de evento custa R$ 50 , e o passaporte para o final de semana custa R$ 100. O Especial Jantar das Boieiras custa R$ 40. Em todos os casos, metade do valor pago é revertido em consumo no local. As aulas-show custam até R$ 30 (algumas têm entrada gratuita, mas é preciso reservar as vagas. E os Jantares-Magnos custam R$ 275 por pessoa.
