“Nossos soldados não estão morrendo em nome disso”, afirmou Yekaterina Mizulina, ativista ligada ao Kremlin e que defende a censura na Internet. “Organizar tal evento num momento em que nossos rapazes estão morrendo numa operação militar é cínico”, afirmou.

Políticos, entidades religiosas, grupos de apoio aos soldados e blogueiros ligados ao governo se apressaram em condenar a festa e “vazaram” informações de que Putin teria ficado irritado ao ver as imagens. Enquanto isso, a imprensa aliada ao Kremlin passou a divulgar notícias sobre como os soldados estariam insatisfeitos diante do evento.

Maria Zakharova, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, chegou a descarar que a festa havia “manchado” aqueles que aceitaram o convite.

Mas a questão da guerra não é o único motivo para polêmicas. Nos últimos anos, Putin tem promovido uma agenda ultraconservadora de valores e insistido numa guerra cultural contra o que é tido como “comportamentos de sociedades decadentes do Ocidente”.

Na ONU, Moscou se aliou aos posicionamento da ex-ministra Damares Alves e países árabes, rejeitando resoluções que falassem de educação sexual e direitos reprodutivos.

Com uma eleição marcada para março, o governo Putin vem reforçando justamente esse discurso conservador. Controlado pelo Kremlin, a Corte Suprema qualificou ativistas do movimento LGBT como “extremistas”, enquanto Putin passou a defender que famílias tenham até oito filhos.

Matéria: UOL Notícias

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