Atividade desacelera sob juros altos, apesar do mercado de trabalho resiliente
A economia brasileira apresentou crescimento praticamente estável no terceiro trimestre de 2025. O Produto Interno Bruto (PIB) totalizou R$ 3,2 trilhões no período e registrou leve alta de 0,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Pela ótica da produção, todos os setores cresceram, com a indústria avançando 0,8%, seguida pela agropecuária, com alta de 0,4%. O setor de serviços, de maior peso na economia, cresceu apenas 0,1%.
Os indicadores de curto prazo apontam para um cenário de desaceleração da atividade econômica. O IBC-Br recuou 0,2% em outubro, tanto na comparação mensal quanto na trimestral, alcançando 108,2 pontos.
Esse arrefecimento reflete, entre outros fatores, os efeitos da política monetária. Diante de um ambiente inflacionário ainda pressionado, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve, em dezembro, a taxa Selic em 15% ao ano pela quinta reunião consecutiva, prolongando o ciclo de política monetária restritiva.
A inflação medida pelo IPCA acumulado em 12 meses atingiu 4,46% em novembro, retornando ao intervalo de tolerância da meta após permanecer acima do limite superior desde setembro de 2024. No mês, o índice registrou alta de 0,18%, influenciada principalmente pelos grupos de habitação e despesas pessoais.
Mesmo diante do aparente cenário de desaceleração, o mercado de trabalho permaneceu aquecido. A taxa de desocupação recuou para 5,4% no trimestre encerrado em outubro, o menor nível da série histórica iniciada em 2012, enquanto o rendimento médio real alcançou o recorde de R$ 3.528.
Clique na imagem abaixo para acessar o relatório completo elaborado pelo Departamento Técnico e Econômico da Faesp. Outras informações relevantes sobre o setor podem ser acessadas através do Painel de Dados da Faesp.













