Olá, queridas leitoras,
Por Juliana Farah
Hoje gostaria de falar com vocês sobre um desafio crescente em nossa sociedade, especialmente para as mulheres empreendedoras e para as que desejam empreender: a dificuldade de acesso ao crédito.
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Esse obstáculo, sem dúvida, impede a expansão dos negócios e limita o potencial empreendedor das mulheres. Há várias razões para isso. Eis alguns exemplos:
– Mulheres frequentemente enfrentam taxas de juros mais altas do que homens. Estudos mostram que, em média, essas taxas chegam a 4 pontos percentuais.
– Apenas 29,4% do crédito concedido no Brasil beneficia empresas lideradas por mulheres.
– Muitas mulheres têm dificuldade em obter financiamento devido à falta de garantias ou histórico de crédito.
E o que dizer então da mulher trabalhadora do campo? Não é diferente para elas. Vejam:
– Apenas 8,5% das terras agrícolas no Brasil são de proprietárias mulheres, segundo o Censo Agropecuário de 2017, do IBGE. Isso dificulta o acesso a crédito, já que muitas instituições financeiras exigem a propriedade da terra como garantia.
– A falta de educação financeira e capacitação específica para mulheres rurais pode prejudicar sua compreensão sobre como navegar pelo sistema financeiro e obter crédito.
Não é sem razão que sempre falo de tirar a mulher da invisibilidade. A Comissão Semeadoras do Agro da Faesp tem levado aos municípios — com apoio de sindicatos rurais, prefeituras, Sebrae-SP e parceiros locais — palestras e viabilizado reuniões divulgando programas que oferecem microcrédito, linhas de crédito específicas ao público feminino e projetos de capacitação, como ferramentas à igualdade de oportunidade entre os gêneros.
Sabemos que é fundamental implementar programas de crédito específicos para a população feminina, com requisitos flexíveis e que considerem suas necessidades e realidades. E, claro, simplificar os processos de obtenção de empréstimos, criando condições mais favoráveis, justas e menos burocráticas às mulheres.
A Comissão Semeadoras do Agro acredita que a implementação de políticas públicas mais eficazes e o engajamento da sociedade civil com ações podem transformar a vida não só das mulheres do campo, mas também impactar, positivamente, no futuro de nosso país.
Contem conosco para isso.
Com carinho, Juliana Farah, vice-presidente da Comissão Semeadoras do Agro da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)