‘Crueldade’, diz pai que viu filha de 20 anos ser morta por ladrões em São Paulo

Uma mulher de 20 anos de idade morreu após ser baleada na cabeça, durante um assalto, na frente do pai e do namorado dela, na noite de sábado, em Sapopemba, na zona leste de São Paulo.

Beatriz Sorrilha Munhos havia saído da cidade onde morava — Sorocaba, no interior do estado — para entregar com o pai e o namorado um drone que havia vendido para um morador de Sapopemba, de acordo com o depoimento do namorado à Polícia Civil.

Enquanto eles esperavam pelo suposto comprador do objeto, dois criminosos em uma moto e usando uma bolsa térmica de entregador de aplicativo se aproximaram dos três e anunciaram um assalto. A jovem saiu do carro e usou um spray de pimenta contra um dos bandidos, que reagiu atirando nela.

Logo depois do disparo, os criminosos fugiram na moto e levando o celular do pai, que já havia entregue o aparelho. Eles deixaram para trás a bolsa térmica. O pai e o namorado levaram Beatriz para Hospital Estadual de Sapopemba, mas ela não resistiu aos ferimentos.

Até o momento, a polícia ainda não identificou ou localizou suspeitos. Policiais militares encontraram uma motocicleta com as características descritas pelas vítimas e a encaminharam para a perícia. O caso é investigado pela 8ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), que realiza diligências e analisa imagens de câmeras de segurança do local.

O corpo de Beatriz é velado e sepultado em Sorocaba nesta segunda-feira, 3.

O pai dela, Lucas Munhos, foi às redes sociais para anunciar a morte de Beatriz, contar detalhes da ação dos criminosos e expressar sua indignação: “Eu sou Lucas, pai da Bia. Desculpa estar avisando vocês assim. A gente perdeu a Bia. Ela foi morta a tiros em São Paulo. Que crueldade que fizeram com a minha pequena. Vocês sabem como que ela era. É uma pessoa do bem, ela me ajudava demais. Deram um tiro na cabeça da minha filha e levaram a minha pequena. A minha filha não está mais entre nós. A gente não pode deixar isso impune. O governo tem que fazer alguma coisa. A polícia está fazendo o trabalho dela, mas isso não pode acontecer novamente com as pessoas, com um pai, com uma mãe, um namorado, um irmão não merecem passar por isso. Vocês têm que ajudar”, disse entre lágrimas.

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