Mesmo com projeção positiva para 2024, o varejo brasileiro deve ter crescimento menor do que no ano anterior. A expectativa é um aumento de 1,6%, enquanto 2023 deve fechar com uma variação positiva de 1,8%, segundo análise da Confederação Nacional do Comércio (CNC), com base nos dados do IBGE. 

O mês de novembro teve uma pequena alta de 0,1% em relação a outubro. Os dados de dezembro ainda serão divulgados pelo instituto. 

O economista e assessor Econômico da Fecomercio de São Paulo, Guilherme Dietze, avalia que, mesmo com muitos desafios, o balanço do ano foi positivo e atribui isso a uma combinação de fatores.

“Melhora da renda, por conta de uma inflação mais baixa, nível de emprego muito mais alto, mais pessoas formalmente empregadas, e o crédito ficou mais fácil no ano passado, por mais caro que estivesse, e isso foi uma combinação ótima. Pessoas consumindo não somente os essenciais, mas comprando eletrônicos, então o crédito foi importante para que as famílias tivessem acesso a esse tipo de produto”, analisa.

Em relação a novembro de 2022, houve alta de 2,2%. Melhora percebida por Aska Figueredo, sócia da floricultura Acácia Flores, que diz que o faturamento de 2023 foi parecido com o ano anterior, mas sem tanta variação entre os meses. 
 
“Apesar do volume de vendas nas datas mais importantes para a loja não ter sido tão bom quanto nos outros anos, 2024 foi mais estável. A gente teve uma variação maior no fim, ali em novembro e principalmente dezembro, por causa das festas, mas ao longo dos meses vendemos na média. Foi positivo”, conta.

Melhores segmentos

Móveis e eletrodomésticos (+4,5%), vestuários e calçados (+3,0%), combustíveis e lubrificantes (+1,0%) e lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (também com +1,0%) foram as áreas que apresentaram as maiores altas no mês de novembro. 

Ainda segundo a CNC, o desempenho geral do varejo só não foi melhor por causa da pequena variação no segmento de hiper e supermercados (+0,1%). Com isso, a entidade alterou a previsão de crescimento das vendas em 2023 — de 2% para 1,8%. 
 

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