Caso do golpe: notificação de Paulo Figueiredo nos EUA avança no STF

A notificação pessoal do economista e influenciador Paulo Figueiredo nos Estados Unidos, na ação do caso da tentativa de golpe de estado, avançou esta semana no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira, 4, foi disponibilizada a carta rogatória encaminhada aos EUA pelo Ministério da Justiça — é por meio desse documento que o Judiciário brasileiro pedirá ao americano para que o influenciador seja formalmente intimado para se defender no caso.

Figueiredo foi denunciado criminalmente no STF duas vezes. Ele compõe o núcleo 5 do caso do golpe, apontado como disseminador de informações falsas que ajudaram a criar o clima propício para a conspiração. Na segunda denúncia, ele foi acusado, junto do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de tentar obstruir o julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentar dar um golpe de estado. Os dois admitiram várias vezes que tarifaço, aplicação da Lei Magnitsky e o cancelamento de vistos de autoridades brasileiras foram sanções construídas com as suas digitais.

O relator do caso do golpe, Alexandre de Moraes, havia considerado Figueiredo como notificado, por conta de publicações feitas por ele nas redes sociais. O influenciador minimizou a denúncia criminal e disse que queria ser interrogado pelo próprio ministro, debochando das acusações. Como ele não contratou um advogado para se defender, Moraes designou a Defensoria Pública. Depois que uma primeira defesa, mais genérica, foi apresentada, o magistrado acolheu um pedido do órgão de defesa e mandou que Figueiredo fosse pessoalmente notificado em solo americano. Ele vive nos EUA há uma década.

O influenciador responde sozinho à ação criminal do núcleo 5 da trama golpista e é acusado dos mesmos cinco crimes que foram imputados aos membros dos outros núcleos. As condenações, até o momento, têm sido duras: no núcleo 1, Bolsonaro ficou com a maior delas, de 27 anos e três meses, enquanto os outros condenados oscilam entre dezesseis e 26 anos de prisão.

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