Dois ativistas jogaram tinta na fachada da Sagrada Família, em Barcelona, neste domingo, 31, em um protesto contra a falta de ação em relação à “crise climática” que está impulsionando incêndios florestais na Espanha. A basílica, projetada por Antonio Gaudí, é uma das principais atrações turísticas do país.
Em um vídeo publicado nas redes sociais pelo grupo organizador Futuro Vegetal, os dois ativistas são vistos sendo detidos por segurança após lançarem tinta vermelha e preta contra uma das colunas do tempo católico.
Em comunicado, o grupo afirmou que o protesto “denuncia a falta de ação do atual governo contra a crise climática e seu impacto nos incêndios que devastaram a península e grande parte da Europa neste verão”.
Segundo dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis), a temporada deste ano de incêndios em países da União Europeia já é a pior na série histórica, que começou em 2003. Mais de 1 milhão de hectares foram destruídos pelo fogo até agora, enquanto o índice de poluentes atmosféricos liberados pela queima de florestas quebraram recordes.
Em agosto, ao menos quatro pessoas morreram e mais de 350.000 hectares foram destruídos pela onda de incêndios florestais na Espanha.
O tipo de ação que mirou a Sagrada Família não é exclusiva do grupo Futuro Vegetal. O Just Stop Oil, outro coletivo ainda mais proeminente, ficou conhecido nos últimos anos por protagonizar protestos em resposta à crise climática, incluindo o arremesso de sopa de tomate sobre a pintura “Girassóis” de Van Gogh em 2022 e a pulverização de tinta em pó laranja no monumento pré-histórico Stonehenge em 2024. Desde sua fundação em 2022, mais de 3.000 prisões relacionadas às suas ações foram registradas.