Animais de estimação podem beneficiar qualidade de vida e desenvolvimento das crianças

Por: Rogério Cabral

28/06/2025

Introduzir animais de estimação na vida de uma criança pode gerar inúmeros benefícios para ambos e, para a criança um estímulo em diferentes pontos de desenvolvimento. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o fato de os animais de estimação serem companheiros, por exemplo, contribui naturalmente para o desenvolvimento dos traços de caráter ao longo da vida, como responsabilidade, compaixão, empatia, recursos e capacidade de amar incondicionalmente. 

Os primeiros passos começam com o aprendizado sobre a leitura corporal, segundo a entidade, percebendo o próximo como alguém com características e sentimentos diferentes dos seus. 

E para iniciar essa relação, a recomendação da médica veterinária Jaqueline Galdini, é provocar um diálogo com a criança sobre a possibilidade de trazer um novo membro à família. E, ao incorporar o pet, estabelecer limites sobre o que é certo e errado em relação ao novo membro, reforçando, prioritariamente, que “não se trata de um brinquedo, e sim de um ser que sente dor, fome, frio, e tem necessidades, assim como a criança”, salienta a profissional.

Quanto aos benefícios, a SBP afirma ainda que crianças criadas com bichinhos de estimação se exercitam mais ao brincarem com eles, e, por isso, segundo a neurociência, quanto mais estímulos ao cérebro, mais conexões neurológicas se formam. E é justamente na espontaneidade da relação entre os “pequenos”, em que cada um deles, especialmente as crianças, busca continuamente interagir, que acontece o aperfeiçoamento da habilidade motora. 

Em artigo sobre animais domésticos, publicado no portal da Sociedade, a recomendação sobre o melhor momento em adotar um animal de estimação, caso a família não tenha um antes da chegada de um bebê, por exemplo, é esperar os quatro anos de idade, considerando que esta é uma faixa etária em que a criança está em estágio de desenvolvimento e coordenação motora, permitindo, assim, entender melhor os limites entre ela e seu animal.

E se essa relação não der certo por questões como alergia? A SBP recomenda que a criança não tenha tanta intimidade com o animal, como deixá-lo subir na cama ou beijar e abraçar o pet.

O Conselho Federal de Medicina Veterinária lembra que, independentemente do motivo, abandonar animal é considerado mau-trato e crime. 

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, publicou que a Lei 14.064/2020 aumentou a pena para quem maltratar cães e gatos. A partir de agora, quem cometer esse crime será punido com 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição da guarda. Caso o crime resulte na morte do animal, a pena pode ser aumentada em até 1/3. A referida legislação alterou a Lei 9.605/98, que dispõe sobre os crimes contra o meio-ambiente, fauna e flora e prevê pena de detenção de 3 meses a 1 ano e multa, no caso de crime de maus-tratos contra animais.

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