Ampliação do acesso ao Funcafé fortalece cafeicultura paulista e brasileira

Atuação da Faesp foi determinante para que o governo federal atendesse às demandas da cadeia produtiva do café

O recente anúncio do Plano Safra 2025/26 trouxe um avanço importante para os produtores de café: a ampliação do acesso ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para beneficiários do Pronaf e do Pronamp, mesmo que estes já possuam contratos ativos pelo Plano Safra. A medida permitirá que pequenos e médios cafeicultores tenham mais alternativas de crédito, fortalecendo sua capacidade de investimento e de produção.

Essa conquista é resultado direto do trabalho da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), que vem atuando junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para garantir mais recursos e melhores condições para o setor cafeeiro. No último dia 26 de maio, em audiência com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o secretário de Política Agrícola do MAPA, Guilherme Campos, a Faesp entregou ofício e reiterou o pedido de flexibilização das regras do Funcafé para viabilizar o acesso de pequenos e médios produtores.

No documento, a entidade paulista destacou que, embora o Funcafé tenha como objetivo fortalecer a economia cafeeira nacional, os recursos não estavam chegando a quem mais precisava: produtores enquadráveis no Pronaf e no Pronamp, que representam cerca de 90% dos cafeicultores. O ofício ressaltou que impedir o acesso desses agricultores ao Funcafé acabava concentrando o crédito em grandes produtores e cooperativas, comprometendo a sustentabilidade do setor.

A Faesp solicitou ao governo federal três medidas principais: a equiparação das taxas do Funcafé às do Pronaf e Pronamp; o fim da restrição que impedia o acesso simultâneo ao Funcafé e a esses programas; e ajustes nos limites de renda para enquadramento nos programas. Parte dessas demandas foi atendida no Plano Safra recém-lançado, que agora permite o uso dos recursos do Funcafé simultaneamente aos do Pronaf e do Pronamp.

O presidente da Faesp, Tirso Meirelles, comemorou o resultado. “Essa vitória é fruto do diálogo permanente que mantemos com os órgãos de governo, sempre defendendo o produtor paulista e brasileiro. Garantir o acesso ao Funcafé aos pequenos e médios cafeicultores é essencial para fortalecer toda a cadeia do café, um dos pilares do nosso agronegócio”, afirmou. Sublinhou ainda que essa demanda atendida é, acima de tudo, uma conquista da Comissão Técnica de Cafeicultura da entidade, onde o problema foi identificado, discutido e endereçado com muita firmeza.

Ao destravar o acesso ao Funcafé pelos pequenos e médios produtores, o governo amplia as opções de crédito para os produtores de café em um momento crucial, incentivando investimentos, a recuperação de lavouras e a competitividade do Brasil no mercado mundial.

O Plano Safra deste ano prevê R$ 516,2 bilhões para a agricultura empresarial, além de um pacote voltado especificamente para a agricultura familiar. Contudo, a Faesp alerta que as taxas de juros estão muito elevadas, acima da capacidade de retorno das empresas. É importante usar o crédito com muita responsabilidade, apenas em situações inevitáveis. E é fundamental fazer um projeto e simular os custos da operação para tomar uma decisão consciente.

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