Programa Synapse reuni estudantes em desafios reais do município, com foco em cidades inteligentes e no desenvolvimento de competências práticas em tecnologias 4.0
A Fatec Pompeia Shunji Nishimura se destaca por disponibilizar aos seus alunos um ecossistema de formação tecnológica caracterizado por parcerias com grandes empresas e disponibilizar uma infraestrutura de ciência e tecnologia que capacita talentos para o mercado brasileiro.
Neste contexto, está o Programa Synapse, uma das iniciativas de maior destaque da Fatec Pompeia. Ele funciona como uma “incubadora de talentos”, projetada para acelerar a formação prática dos alunos e conectá-los diretamente com as demandas tecnológicas.
O Synapse é um programa de capacitação extracurricular focado em Tecnologias 4.0. O objetivo principal não é apenas ensinar teoria, mas sim preparar o aluno para o “chão de fábrica” da inovação, desenvolvendo competências técnicas e comportamentais que o mercado exige.
Promovido pelo CIAG, instituto de ciência e tecnologia instalado no Centro de Inovação Tecnológica da Alta Paulista, no campus da Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, o Synapse encerrou a edição de 2025 com a apresentação de propostas voltadas ao tema de cidades inteligentes.
A iniciativa, que acontece semestralmente, contou nesta edição com o apoio do Grupo Jacto, da consultoria Mentto e da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pompeia.
Nesta edição, os desafios apresentados aos estudantes tiveram como foco demandas reais do município de Pompeia relacionadas a Smart Cities, aproximando o ambiente acadêmico de questões enfrentadas pela gestão pública.
De acordo com Tiago Scalisse, pesquisador tecnológico sênior do CIAG, a principal diferença do ciclo de 2025 foi justamente a origem dos desafios, propostos pela Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Os projetos desenvolvidos pelos alunos do curso de Tecnologia em Sistemas Inteligentes da Fatec Pompeia abordaram possibilidades de aplicação tecnológica em áreas como saúde, zeladoria urbana e relacionamento entre poder público e cidadãos.
Segundo Scalisse, as soluções cumprem o papel central do Synapse ao reduzir a distância entre o ensino acadêmico e as exigências do mercado de trabalho.
“A ideia não é gerar soluções prontas para o mercado, mas expor os alunos a problemas reais e à lógica de desenvolvimento de projetos. O Synapse é uma iniciativa que materializa os valores do Grupo Jacto, especialmente “Felicidade em compartilhar” e “Desenvolver nossa gente”, afirma.
Mesmo em estágio inicial, as propostas indicam potencial de impacto no ecossistema local. Conforme avalia o pesquisador, iniciativas desse tipo podem, no futuro, contribuir para ganhos econômicos para a prefeitura, melhoria na prestação de serviços públicos e maior aproximação entre a administração municipal e a população, refletindo em maior satisfação dos cidadãos.
Do ponto de vista da gestão pública, o secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pompeia, Tiago Goulart, destaca o caráter estratégico da participação da Prefeitura no programa.
“A participação da Prefeitura no Synapse aproxima os alunos dos desafios reais da administração pública. Eles passam a aplicar o conhecimento tecnológico para resolver problemas concretos da cidade, com impacto direto no dia a dia da população”, afirma.
Segundo o secretário, a iniciativa também fortalece o ecossistema local de inovação ao conectar poder público, instituições de ensino e ambientes de inovação.
“É também uma forma de identificar e desenvolver talentos para o município, estimular soluções locais para desafios públicos e reduzir a dependência de fornecedores tradicionais”, completa.
Na percepção dos participantes, o programa também se destaca pelo aprendizado prático. Para o aluno Samuel Farias Dias, do primeiro ano do tecnólogo em Sistemas Inteligentes, a experiência representou um ponto de virada em sua formação.
“Foi uma experiência fantástica, em que saí do zero em programação para conseguir desenvolver sistemas de informação, entender toda a infraestrutura tecnológica para criar plataformas digitais já no primeiro ano de formação. Isso me fez evoluir muito a minha percepção e me encontrar ainda mais nessa área”, relata.
Já o aluno Iago Amorim Lebron de Lima, também do primeiro ano do curso, destaca os ganhos profissionais e pessoais proporcionados pelo Synapse.
“Aprendi a utilizar ferramentas relevantes para o mercado, mas, principalmente, a estudar de forma independente e buscar novos conhecimentos, algo essencial não só para a profissão, mas para a vida”, afirma.
No aspecto pessoal, ele ressalta o desenvolvimento de habilidades de trabalho em equipe. “Hoje me sinto mais preparado para colaborar, aprender e evoluir continuamente”, completa.A aluna Pâmella Carvalho dos Santos, igualmente no primeiro ano da graduação, relata que ingressou no programa com receio, mas teve a expectativa superada.
“No começo eu estava com medo de não conseguir acompanhar a turma e de não conciliar o Synapse com a faculdade, mas foi totalmente diferente do que imaginei”, conta.
Segundo ela, o apoio dos professores foi decisivo para a experiência positiva. “Eles ensinaram tudo e mais um pouco, com muita paciência e dedicação”, afirma.
Scalisse reforça que o Synapse funciona como um laboratório de ideias, no qual os estudantes têm a oportunidade de propor, testar e desenvolver soluções em um ambiente orientado à aprendizagem. O caráter educacional é o eixo central da iniciativa. Além do desenvolvimento técnico, o programa busca inserir os participantes nas dinâmicas que encontrarão no mercado profissional, como desafios de comunicação, gestão e liderança.
Nesse contexto, o processo de aprendizado é priorizado em relação à entrega final dos projetos.Ao final da edição de 2025, o Synapse reafirma seu papel como espaço de experimentação e formação prática, conectando estudantes da Fatec Pompeia a problemas concretos e estimulando o desenvolvimento de competências alinhadas às demandas do setor público e privado.
Como em edições anteriores, vários alunos participantes desta edição conseguiram durante o programa ingressar no mercado de trabalho de tecnologia e em projetos de pesquisa com bolsas Fapesp.













