Série “Um Chamado à Redescoberta” – Artigo 4
“Amar ao próximo como a ti mesmo.”
— Marcos 12:31
“Quem olha para fora sonha. Quem olha para dentro desperta.”
— Carl Gustav Jung
Quantas vezes você já se perguntou: “Quem sou eu além do papel de marido ou esposa?”
Quantas pessoas, ao tentarem salvar um casamento, se perdem completamente de si mesmas, apagando seus desejos, voz, gostos e identidade?
A perda da individualidade dentro da relação conjugal. Um fenômeno silencioso, mas devastador: casais que vivem um “nós doente” — onde um ou ambos se anulam, deixando de ser indivíduos e tornando-se apenas uma função: pai, mãe, provedora, pacificadora, serva, guerreiro, chefe de família.
Essa dinâmica adoece o vínculo, esvazia a alma e nos afasta da plenitude do amor que Deus desenhou para os relacionamentos.
O “nós” que adoece
Muitos casamentos entram em colapso emocional não por falta de amor, mas por excesso de fusão. Um dos cônjuges se dilui no outro, tentando agradar, suprir, controlar ou resgatar o relacionamento a qualquer custo. Quando isso acontece, o “nós” se torna um cárcere psicológico.
“Casais emocionalmente maduros sabem andar juntos sem precisar se carregar.”
— Teopsicoterapia Clínica
Perceba os sinais do “nós doente”:
- Você deixou de ter tempo para si, hobbies, amizades, espiritualidade própria.
- Sua opinião é constantemente anulada, por medo de conflito ou rejeição.
- Suas escolhas são sempre condicionadas à vontade do outro.
- Você não sabe mais quem seria se não estivesse nesse casamento.
Esse modelo de relacionamento funde os egos, mas destrói a identidade.
O valor do “eu” saudável dentro do “nós”
Segundo Jung, a individuação é o processo de tornar-se quem se é de verdade.
No casamento, esse processo não deveria ser interrompido. Pelo contrário: o casamento deveria ser o lugar mais seguro para crescer individualmente.
“Quando duas almas amadurecem juntas, o amor se aprofunda. Quando uma para de crescer, o vínculo começa a ruir.”
— Carl Gustav Jung
A Teopsicoterapia também afirma:
“Deus nos chama a ser um só corpo, mas com funções distintas. A anulação não glorifica a unidade, ela distorce o propósito.”
— Valcelí Leite
Um relacionamento saudável sustenta três espaços:
- Eu (minha alma, minha jornada com Deus, meu tempo, meu pensar)
- Você (o espaço individual do outro)
- Nós (o território do casal, construído com base na verdade dos dois)
Quando o “eu” desaparece, o “nós” se torna disfuncional — um lugar de prisão, e não de parceria.
O risco espiritual da autoanulação
A Bíblia é clara ao ensinar o amor sacrificial, mas jamais o amor autodestrutivo.
Jesus nos chama a amar ao próximo “como a nós mesmos”. Ou seja, quem não se ama, não consegue amar de forma saudável.
Muitas vezes, a religiosidade mal compreendida encoraja pessoas (principalmente mulheres) a se anularem “em nome do amor”. Mas isso não é amor. É medo, dependência, culpa ou insegurança.
“Deus não se agrada de sacrifícios emocionais que nos fazem perder a imagem Dele em nós.”
— Pastora Néia Leite
Caminhos para resgatar sua identidade
1. Reencontre-se com Deus como indivíduo: antes de ser esposa, marido, pai ou mãe, você é filho(a) de Deus.
Volte a cultivar sua vida devocional, oração pessoal, seus projetos de fé que não dependem do outro. Isso fortalece sua alma e refaz sua identidade.
2. Reconheça seus limites e necessidades, liste:
- O que você gosta de fazer, mas deixou de lado?
- O que você sente falta de ser?
- O que você faz apenas para não desagradar?
Essas perguntas ajudam a mapear os pontos onde você se perdeu.
3. Dialogue sobre espaço pessoal: converse com seu cônjuge sobre a importância de cada um possa ter tempo e espaço individual. Isso não significa afastamento emocional, mas autocuidado. Marcar um café sozinho, um tempo com amigos, uma atividade física ou artística pode ser profundamente restauradora.
4. Cultive sua voz: diga o que pensa, o que sente. De forma respeitosa, mas autêntica.
Seu cônjuge precisa conviver com quem você realmente é — não com quem você “virou” para manter a relação.
5. O que a restauração da identidade produz no casal? Casais onde ambos são inteiros geram:
- Relações com menos dependência emocional.
- Mais admiração mútua (porque há autenticidade).
- Mais desejo (porque há novidade e liberdade).
- Mais espiritualidade genuína.
- Mais unidade sem controle.
“O verdadeiro amor não prende nem exige. Ele propõe, acolhe e liberta.”
— Augusto Cury
6. Um exercício de redescoberta para fazer em casal
Desafio “Quem Eu Era e Quem Eu Sou”
Cada um escreve:
- Três coisas que admirava em si mesmo antes do casamento.
- Três coisas que sente falta em si hoje.
- Três coisas que gostaria de retomar.
Depois, compartilhem com carinho. Ouçam-se. Descubram juntos o que pode ser resgatado sem medo e sem culpa.
7. A restauração pela fé. Ore com coragem:
“Senhor, me ajuda a lembrar quem eu sou.
Me mostra as partes de mim que foram enterradas pela correria, pelo medo ou pela culpa.
Dá-me sabedoria para ser inteiro, e graça para caminhar junto, sem me perder.”
A restauração da identidade é espiritual.
Deus quer casais que andem lado a lado, não um atrás do outro. Ele restaura a dignidade perdida e cura a alma apagada.
Casais Fortes São Feitos de Pessoas Inteiras
A redescoberta da identidade é um presente que você pode dar a si mesmo e ao seu relacionamento. Um casamento saudável não exige a anulação de ninguém — exige compromisso com a verdade de ambos.
O “nós” só é verdadeiro quando inclui o “eu” e o “você” em plenitude.
Quando isso acontece, o amor floresce de novo — e a jornada conjugal volta a fazer sentido.
Você leitor pode participar do evento gratuitamente: Um chamado a redescoberta; como vencer a pressão, recuperar o respeito e restaurar sua identidade. Uma jornada para casais cansados de viver pela metade.
VAGAS LIMITAS PELO ESPAÇO FÍSICO DO LOCAL.
Dia 17 de julho as 19:57h no Banco Cresol, R. Prudente de Morais, 70 – Centro, Marília – SP, 17500-140
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Desejo a você e sua família uma semana na Graça.
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Nascido em Assis, São Paulo, e atualmente residente em Marília há doze anos, brasileiro. Ele tem sido presidente da ABRATHEO desde 2023 até o presente. Possui graduação em Fisioterapia e é pós-graduado em Acupuntura pela CEATA. Também possui pós-graduação em Terapia Familiar Sistêmica pela Faculdade Iguaçu-PR, Cognitive Behavioral Therapy pelo CBI/Miami-US e Terapia Cognitivo Comportamental pelo Centro Universitário Celso Lisboa/RJ. Além disso, possui um MBA em Teoterapia e Competência Emocional pela Adverbum/PR. Atualmente, atua como Teospicoterapeuta, trabalhando com casais e famílias que enfrentam problemas temporários e precisam de orientação. Ele ministra palestras em todo o Brasil, abordando temas como Educação de Filhos, Internet: um território a ser descoberto pelos pais, Vida Conjugal e A ciência do bem-estar – Evitando a Ansiedade. Anteriormente, ele ocupou o cargo de Superintendente na instituição filantrópica I.E.A.R.C. por 17 anos, onde implantou e gerenciou filiais da instituição em várias regiões do Brasil. Possui experiência na gestão de treinamento de liderança, formação de equipes e palestras motivacionais em quatro estados brasileiros e mais de 30 cidades. Ele também participou e apresentou vários programas de rádio e TV em São Paulo e Salvador. Em Assis, ele implantou uma rádio comunitária e também produziu e gerenciou eventos de grande porte, com mais de 800.000 pessoas, cuidando da divulgação e contratação de prestadores de serviços para esses eventos.
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