A vida é uma despedida constante e a única regra do passeio é essa: você tem que aproveitar com as pessoas que ama.

Viajei com minhas meninas, só eu e elas, por quinze dias, e dormimos e e acordamos todos os dias no mesmo quarto, dividimos o banheiro, espalhamos roupas pelo chão, cantamos músicas da Dua Lipa juntos, glitter no céu, glitter nos meus olhos, brilhando exatamente do jeito que eu gosto.

Não mandei e-mails, não postei no Instagram, não sei da última polêmica do BBB, não li notícias. Minhas filhas não têm redes sociais. As fotos e vídeos maravilhosos não serão postados. Ficamos off, como dizem.

É engraçado que, se você ficar fora das redes por um tempo, as pessoas dizem que você ficou desconectado. Olhávamos o céu e o pôr do sol, sentíamos o cheiro da chuva e da comida, conversamos com pessoas que não conhecíamos, descobrimos nossas novas melhores memórias, conversamos sobre tudo. Não estávamos desconectados. Estávamos plenamente conectados, com a vida, com o agora. Se você parar pra pensar, esse papo de estar desconectado é pra quem está com o celular ligado.

Daqui a cinquenta anos, seus filhos não vão falar para os amigos daquilo que você deu pra eles de presente de aniversário ou qual creche você escolheu. Eles vão lembrar da sua energia, se você era uma pessoa que ria, se vocês viajavam juntos, brincavam juntos, dançavam juntos. Se vocês se apoiavam e choravam juntos. Se se conheciam.

A vida é uma despedida constante e a única regra do passeio é essa: você tem que aproveitar com as pessoas que ama.

Em casa, cada um no seu dever, escola, tarefa, louça, boleto. De noite, música da viagem, lembranças e risadas, idiotas dançando na sala. “Ei, mundo! Estamos off!”, como dizem. E é como se as férias pudessem ser todo dia.

A vida é incrível!

Desejo a você muito mais do que sorte.

Marcos Piangers

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