O futuro da carne brasileira depende de inovação e responsabilidade ambiental

Evento virtual, no dia 6/11, quer discutir os caminhos da pecuária brasileira, que precisa produzir mais e melhor, atendendo a padrões internacionais de sustentabilidade

O setor, historicamente responsável por impulsionar o desenvolvimento econômico e social de vastas regiões do país, agora enfrenta um novo desafio: produzir mais e melhor, atendendo às exigências de um mercado internacional cada vez mais criterioso em relação à sustentabilidade. O Diálogo Inclusivo – Sustentabilidade na Pecuária: como produzir mais e melhor frente às novas exigências do mercado internacional, promovido pela Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável e pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), no próximo dia 6 de novembro, é um passo decisivo nessa direção.

O encontro, realizado no formato remoto e com a mediação do Sistema Faesp/Senar, reunirá importantes lideranças e especialistas do setor — como João Paulo Franco, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Patrícia Perondi Anchão Oliveira, da Embrapa Pecuária Sudeste; e o produtor Wander Bastos, da Pecuária WFB. A proposta é clara: discutir soluções práticas que conciliem produtividade, eficiência e responsabilidade ambiental, preparando os produtores para as novas normas globais, como o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR).

Mais do que um debate técnico, o evento propõe uma reflexão sobre o papel do produtor rural como agente da transformação sustentável. A adoção de boas práticas — desde o manejo de pastagens até o uso racional de recursos e tecnologias de mitigação de emissões — não apenas reduz custos e riscos, mas também abre portas para novos mercados e selos de qualidade. É nesse equilíbrio entre produtividade e conservação que reside o verdadeiro futuro da pecuária brasileira.

A iniciativa da Faesp e de seus parceiros mostra que o setor entende o tamanho de sua responsabilidade diante do mundo. A sustentabilidade deixou de ser um diferencial para se tornar condição indispensável de competitividade. Produzir carne de alta qualidade, livre de desmatamento e com rastreabilidade garantida é, hoje, o passaporte da pecuária nacional para continuar crescendo e conquistando consumidores cada vez mais conscientes. O caminho é desafiador, mas inevitável — e o Brasil, com sua capacidade técnica e produtiva, está pronto para liderar essa nova era da pecuária sustentável.

“Essas são questões que já fazem parte do dia a dia dos produtores rurais e serão ainda mais relevantes nos próximos anos. Temos de adequar o que ainda não está dentro das boas práticas, mas, no geral, é mostrar como o pecuarista brasileiro é consciente de seu papel na preservação ambiental, assim como na segurança alimentar. Num ano em que conseguimos, depois de muita luta, a certificação de zona livre de aftosa sem vacinação, é preciso reforçar a vigilância”, frisou o presidente do Sistema Faesp/Senar, Tirso Meirelles.

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