Sindicato Rural da cidade realiza o curso em parceira com o Senar-SP há mais de 15 anos
Nos dias 27 e 28 de outubro, no município de São Manuel, foi realizado o curso de Culinária Paulista. O mesmo acontece há mais de 15 anos no Sindicato Rural da cidade e tem como objetivo resgatar e valorizar a culinária típica da região do interior de São Paulo, realizando preparações que contam a história do estado.
Além da valorização cultural, há o incentivo de produção artesanal, da segurança alimentar, da valorização do alimento que vem do campo e o foco em práticas sustentáveis de aproveitamento integral e higiene na manipulação.
Bruna Lucchesi, instrutora do Senar-SP, explica que “os participantes aprendem conversão de medidas caseiras, técnicas de preparo, conservação e armazenamento correto dos alimentos e práticas de higiene, visando a qualidade de vida.”
“O curso é gratuito, para toda população que tenha interesse em aprimorar os conhecimentos sobre a importância cultural da culinária regional. A ideia é que cada aluno saia daqui com um novo conhecimento, podendo aplicar isso em casa, conseguindo transmitir à família e aos vizinhos”, afirma ela.
O supervisor e contador do Sindicato Rural de São Manuel, Geovane Simões, diz que o curso de Culinária Paulista apesar de sua curta duração (16 horas em dois dias), tem uma importância para além de uma alimentação saudável.
“Ao longo desses anos observamos que o curso se apoia em três pilares: promoção da saúde e manutenção da tradição; fator econômico (com a geração de renda); e as parcerias institucionais (a expansão ao público e às localidades, onde as estruturas não são capazes de atender seus objetivos)”, explica o supervisor.
“Aqui é aprendido o aproveitamento integral de alimentos com redução de desperdício, aprendizado de dietas saudáveis, preservação da tradição da culinária caipira, dentre outros benefícios.”
Para Helena Ramos, que já conta com mais de 20 cursos pelo Senar-SP desde 2019, há sempre algo para se aprender. Ela fez de tudo um pouco: trabalhadora rural (em lavoura de cana e de laranja) empregada doméstica e doceira, e admite que o aprendizado surgiu num momento delicado, a perda do filho caçula num acidente de moto.
“Eu não queria ficar presa em casa, nem depender de medicamentos. Quando soube dos cursos do Senar-SP me joguei de cabeça. Precisava me reciclar e me movimentar, ou então entraria em parafuso”, conta.
“De todos os cursos que fiz o que mais me deu prazer foi o de processamento artesanal de frutas. Além de ter se revertido em fonte de renda e de boas percepções sobre a qualidade dos produtos. Faço doces de amora, jabuticaba, acerola e mamão. Deste já cheguei a produzir 16 quilos e vendi tudo em um único dia.”
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