Ibovespa abre em queda tentando sustentar 150 mil pontos

O Ibovespa abriu em queda nesta terça-feira (4), operando na faixa dos 150 000 pontos, após ter atingido máxima histórica no dia anterior. O movimento reflete a cautela dos investidores, que acompanham as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e aguardam uma série de balanços corporativos programados para o final do dia, além da repercussão dos resultados já divulgados.

A Embraer (EMBR3) informou mais cedo um lucro líquido ajustado de 289,4 milhões de reais no terceiro trimestre, bem abaixo dos 1,23 bilhão de reais registrados no mesmo período do ano anterior. Após o fechamento do mercado, são esperados os resultados de C&A (CEAB3), CSN (CSNA3), GPA (PCAR3), Iguatemi (IGTI11), RD (RADL3), PRIO (PRIO3) e Itaú (ITUB4).

Entre os grandes bancos, apenas o Santander (SANB11) abriu o pregão em alta, com avanço de 0,06%. Já o Bradesco (BBDC4) recuava 0,02%, o Itaú (ITUB4) caía 0,17% e o Banco do Brasil (BBAS3) registrava queda de 0,18%. A Klabin (KLBN11) subia 0,50% após divulgar seus números trimestrais. Já a Copasa (CSMG3), estatal de saneamento de Minas Gerais, reportou lucro líquido de 360,8 milhões de reais no terceiro trimestre, resultado 2% menor que o do mesmo período de 2024 (368,3 milhões de reais), conforme balanço publicado ontem após o fechamento.

Cenário internacional

No exterior, o tom também é de correção e cautela. O dólar comercial sobe a 5,39 reais, acompanhando o movimento global de valorização da moeda americana, enquanto os índices em Wall Street operam em queda: o Dow Jones Futuro recua 0,60%, o S&P Futuro perde 0,90% e o Nasdaq Futuro cai 1,03%.

De acordo com Bruno Yamashita, analista de Alocação e Inteligência da Avenue, a pressão cambial reflete o fortalecimento do dólar em nível global. “O índice dólar voltou a ultrapassar a marca dos 100 pontos, algo que não víamos desde agosto. Esse movimento mostra a busca dos investidores por ativos de segurança, o que impulsiona a cotação da moeda americana também frente ao real, que se aproxima novamente dos 5,40”, explica o analista.

Os investidores internacionais fazem uma pausa após o recente rali das ações de tecnologia, enquanto a aversão ao risco aumenta e sustenta o dólar no maior patamar em três meses.

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