Quando até os CEOs das empresas estão céticos com a magnitude da alta das ações, talvez seja mesmo hora de ajustar um pouco as expectativas. Os futuros das bolsas americanas amanhecem esta terça-feira com queda importante de mais de 1% e arrastam com eles as bolsas globais.
Isso ocorre na esteira de uma reportagem da agência de notícias Bloomberg na qual executivos de grandes empresas de Wall Street alertaram para a chance de uma correção no mercado de ações em uma janela de 12 a 24 meses. Correção, no dialeto do mercado financeiro, significa uma queda de 10% em relação à máxima recente.
A subida para os recordes foi turbinada pela euforia com as ações de tecnologia e expectativas de que os lucros com inteligência artificial sejam compatíveis com os investimentos que estão sendo feitos.
O dia favorece o ajuste de rota também porque tem agenda fraca. O destaque no exterior é a divulgação de resultados de fabricantes de chips AMD e Super Micro. No Brasil, a agenda de balanços tem Embraer pela manhã, e Itaú e Prio à noite. Fora da temporada de balanços, o dia é fraco, com destaque para a pesquisa de produção industrial do IBGE.
Isso significa que as chances de o Ibovespa ignorar o dia negativo são baixas, após uma sequência de altas que garantiu, na véspera, a marca simbólica de 150 mil pontos













