O presidente Lula e sua comitiva poderiam ter ficado hospedados num navio da Marinha durante a COP30 em Belém. O petista, no entanto, considerou as instalações do barco militar inadequadas para as necessidades presidenciais, como revelou o Radar.
Sendo assim, entrou em cena uma agência de turismo que localizou em Manaus o iate Iana 3, que faz parte de uma frota de embarcações com o mesmo nome pertencente ao empresário Iomar Oliveira, que aluga embarcações ao governo do Amazonas. O Iana 2, por exemplo, está sendo usado pelo governador Wilson Lima.
O Iana 3, que serve a Lula, é conhecido no estado. Já esteve envolvido em denúncias de crimes eleitorais no Amazonas. A embarcação chegou a ser revistada numa operação policial.
Em Manaus, os contratos públicos de locação da embarcação também escandalizaram a população, diante do “luxo” bancado com dinheiro público. O governo do Amazonas, assim como comitiva de Lula, deram justificativas parecidas para buscar o iate: estrutura e conforto.
O iate Iana tem um histórico de serviços prestados a políticos amazonenses, sendo citado em diferentes episódios.
Em 2021, por exemplo, a juíza eleitoral de Coari, Mônica Cristina Raposo, determinou uma inspeção no navio Iana 3, então usado pelo Governo do Amazonas.
O barco aportou no município para entregar cartões de auxílio provido pelo governo, mas moradores locais fizeram fotos e vídeos flagrando o descarregamento de cestas básicas e outros materiais que seriam destinados ao comércio ilegal de votos.
A família que conquistou contratos milionários para fretar barcos ao governo do Amazonas também tem negócios em outras áreas, como a Oliveira Energia, que vendeu — negócio aprovado recentemente — a Amazonas Energia à Âmbar, do grupo J&F.
O Radar mostrou recentemente que o custo de aluguel de um iate para COP30 estava em 450.000 reais. Os custos envolvidos na negociação para aluguel do iate para Lula são secretos.


											










